quarta-feira, dezembro 24, 2008

ambiguo

tentando disfarçar a sensação de falta. a sensação de apego. no recomeço o mundo se desfaz pra ser reconstruído, falta desfazer um pouco de mim. colher os fragmentos errados e me compor de um modo diferente, talvez (minimamente) um pouco mais aceitável. sem forçar nenhuma seriedade. deixando ir livre. pleno. sós em cada vida. juntos de um modo estranho. tentando entender o que é estar assim. sem sensações. sem compreensões. só cheia de idéias estranhas, talvez (um pouco, só um pouco) inapropriadas. sem importâncias que se devam dar. sem receios. sem estranhezas por andar com mãos juntas. é na sutileza que se sabe gostar. que se sente gostar. excedendo. mesmo sem ser hora de excessos. é coisa de liberdade também se deixar exceder. é coisa de liberdade dar e soltar as mãos. sentindo no tempo um correr mais lento. uns dias que são presos, que são de detalhes muito explicitos. quero do mundo. quero da vida. a liberdade mais forte. daquela em que as mãos não desfazem o toque. se deixam juntas sem prisões armadas. sem limites. será que com alguma consequência? enfrentando as últimas histórias de um ano. pra sentir um recomeço ou uma continuação. ambiguo. e firme como o tempo.

segunda-feira, novembro 10, 2008

abstraia

reencontre o espaço vago. em novas e super dimensões, o principal e, talvez, único motivo é deixar a vida se expandir. sem capacidade de controle. o que mais importa é se deixar viver nas faces mais leves que consegue encontrar em si mesma. pode parecer claro ou absurdo. ao mesmo tempo. num sentido escuso, confuso, que redireciona, que torna ambiguo... o mais forte é a força, num sentido vital. que deixa se mostrar através de misturas de cores, de contemplações longas do que nem sempre se pode compreender. não na compreensão absoluta, única e fiel ao autor. o mágico, o forte está na capacidade de se centrar numa obra, nem sempre plana, e imaginar, identificar sentimentos e se deixar sentindo no limite, no limiar entre realidade e abstração. abstrai. sinta. e busque em si mesma as possibilidades infinitas e angustiantes, e leves, e fortes... em dimensões que não precisam existir de fato.

sábado, outubro 11, 2008

beleza

a beleza é dona de si mesma. as vezes dilui a observação ao mais simples fascínio. talvez seja o que de forma mais forte se guia por extremos. em ambos os lados. é de certa forma um poder às avessas. deve ser isso mesmo. o dom inconstante de uma imagem estática. claro.
num sentido mais efêmero. mais explicito. de imagens prontas e perfeitas.

domingo, outubro 05, 2008

arte

a efemeridade da cena. é o que grita. o que provoca. a arte acontece. é presenciada. é uma geradora de força. é o que nutre conversas, discussões, pensamentos... por mais absurdos que sejam. é emotiva, intuitiva e extremamente real. ela verdadeiramente acontece. com uma força que nem o autor necessariamente percebe que tem. é uma obra do mundo. livre. aberta. que pensem e entendam diferente. o importante é deixá-la entrar.
sentir a arte é deixar-se viver a flor da pele. se encher de adrenalina e não sentir a dor da queda. quando há.

domingo, setembro 28, 2008

tempo

inquieto. junta as mãos, balança a perna. sentado em um daqueles bancos de praça. já nem liga pro livro aberto solto ao seu lado. deixa as mãos livres. se espriguiça. pensa em algo. escreve uma frase... não... uma palavra. 'tempo'. esse solto, estranho. que conceito mais vil pra se pensar. que tempo é esse? esse de antes, de agora ou de depois? como se desprende do antes e depois e vive esse agora? esse agora nervoso de balançar a perna. de se deixar à mercê do vento. apegado à fradilidade momentânea. do frágil ao forte. porque o nervosismo, a ansiedade têm a sua força. e o pegam até a exaustão.

tantas


de um modo estranho percebo minha vida vida se escrever pelas mãos de outra pessoa. não que eu tenha conhecido ou vindo de qualquer lugar maravilhoso perdido às margens dos meus pensamentos estranhos. mas é como se pra escrever, até mesmo minha própria história, tenha que me separar dos sentimentos e criar a personagem de uma personagem, a personagem que escreve, que cria, que voluntariamente vai contar a história, ou um trecho dela, da vida entediante de uma face de si mesma.
ainda que tenha um outro nome, ainda que tenha um outro rosto, precisou imaginá-la para escrevê-la, precisou ser ela. seja nas imagens que construiu, nas cenas sóbrias, nos diálogos frágeis, nas ilusões constantes. ela foi escrita para ser eu. talvez aprimorada, ou com um nome que eu queria ter. o mundo de ficções se suspende. porque não há um traço que separa tão linearmente essa história. os sentimentos e as percepções não são mentirosos, são histórias imaginadas do que poderia ser. o mundo se constrói e se lapida por atitudes indecifráveis e surpreendentes, não posso expressá-las sem vê-las, sem sentí-las de algum modo. e imaginar, e escrever me faz sentir.
que eu seja um personagem meu. e que me veja à distância, na cabeceira da cama, escrevendo um conto sobre o meu dia. no final de tudo o que importa é o prazer de lê-lo. a consistência de uma imagem transcrita em palavras. uma imagem que pode ser tantas. que pode até mesmo ser eu.
[20.04.2008]

sábado, setembro 20, 2008

alguém?

preciso de alguém que me ensine como se aceita, como se entende, como se supera.

terça-feira, setembro 09, 2008

sejamos

será que me resta alguma paciência? alguma possibilidade estranha de começo? essa minha quantidade infindável de histórias paralelas as vezes me confunde. de um modo tão absurdo. de um modo tão complexo. em todas essas coisas. em todos esses lugares. será que os escritos precisam mesmo significar? a significação e o entendimento são tão subjetivos, tão individuais. somos muitos. e todos estranhos. cada um com suas especificidades, com sua capacidade de estranhamento. estranhemos os detalhes da vida. os detalhes de nossa história própria, de nós mesmos. conhecemos nossos detalhes. conhecemos. e sejamos! nossa busca por liberdade é maior e é o mais forte de nós. sejamos auto-suficientes quando for preciso. somente quando for preciso. sem arrogância. somente com a intenção de superar nossas limitações. filtrar os desejos e os medos as vezes é necessário. talvez a liberdade esteja em entender. em perceber as possibilidades, em chegar até elas. e vamos seguindo. passando por lugares e pessoas. nos apaixonando. pela vida. porque a vida é forte. e leve. e é onde estou. nessa imensidão de erros e acertos. porque não sou perfeita. e nem quero ser. vamos lutar e escolher o caminho juntos. e que seja um longo caminho. cheio de altos e baixos. como a vida é.

o importante? é emocionar. e se emocionar. é por isso que eu canto. é por isso que eu escrevo. mesmo que seja só pra mim.

domingo, agosto 31, 2008

eu

guardo algumas lembranças em pequenos objetos. que talvez só signifiquem pra mim. é isso mesmo o que deve importar. eu posso ficar feliz com elas. com essas lembranças guardadas em antigas imagens. em sorrisos fortes e sinceros. pelo menos o meu foi. e de alguma forma continua sendo. de certa forma lembrar nos faz reviver. nos torna. nos faz. pelo menos pelos próximos dias acho que consigo viver com as memórias presas nessa caixa... cheia de fotografias, de bilhetes... cheia de uma vida que eu tive, e que as vezes doí imaginar a que distância está.
podemos ser felizes com as memórias por certo tempo. mas não dá pra viver delas. em algum momento precisamos encarar a vida de frente. esses nossos futuros dias. e daí já é hora de começar a olhar pros estranhos. a reconhecer possibilidades. a perceber que, no fundo, o que resta é sempre só você. perceber que as pessoas e os lugares podem passar. que eles se despedem por mais que doa pensar nisso. só resta você. eu. sou eu. a pessoa que precisa aprender a atravessar a vida. a ser feliz por si. a ter um amor incondicional. sou eu. sou tudo o que resta.

terça-feira, agosto 26, 2008

loucos e livres

o rabisco de um rosto. um perfil cheio de voltas e descrições. porque as palavras rodeiam o corpo e outros pedaços de cada um. não sejamos tão simples em alguns dias. o complexo, a confusão, a loucura tem a sua beleza... incontida... pelos gritos, pela força. sejamos loucos quando for preciso. porque a loucura liberta. e precisamos nos encher de liberdade.

sexta-feira, agosto 15, 2008

absorção

a gente se encontra logo ali, entre uma rua e outra. em algum pequeno espaço no infinito. relação de um detalhe só, de um tipo de amor inconfundivel que norteia alguns pedaços dos meus dias. eu quero andar mais levemente. devagar. com tempo de olhar nos olhos, de olhar pros muros, pras marcas que conduzem, que inspiram, que repousam sob a imagem da cidade. das pessoas. das idéias. vivemos sempre momentos de absorção. de sentimentos. de lugares. de experiências. da vida que se deixa inspirar por pensamentos crueis e sublimes. somos só uma parte disso. uma linha jogada numa rede infindavel e confusa. cheia de coincidências, acasos, destinos. ou do que se possa chamar de momentos sem explicação. as coisas simplesmente acontecem. elas são de uma força que suga e nutre quem vive. quem se deixa viver. e eu quero sentir. e eu quero que sintam. se for pra gritar. que grite.

terça-feira, agosto 12, 2008

"..."

"(...) O que obviamente não presta sempre me interessou muito. Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão." - C. Lispector

domingo, agosto 10, 2008

degraus

um menino sentado numa escada de apenas uns cinco degraus. será que posso chamá-lo assim? à primeira vista talvez não lhe pareça um menino somente, merece um olhar que alcance além do corpo. sentado meio ausente pensando na vida talvez, tentando controlar os pensamentos, querendo dormir pra isso. degraus meio perdidos na paisagem urbana. aquela última casa que tenta resistir aos arranha-céus, foi o lugar que escolheu. como se restaurasse junto à própria vida a história do mundo . talvez hoje alcance aquele pôr do sol esperado por dias. vai depois de todos...sozinho...por caminhos de areia. parece não precisar de ninguém...parece gostar de todos! talvez o mais óbvio por vezes seja o mais difícil de enxergar. merece um olhar mais apurado, além da tentativa de compreensão. talvez não sejam as palavras que importem. talvez o olhar diga alguma coisa, mas como saber o que? fico por fim imersa em meias tentativas... em meias intenções. tentando achar esses cinco degraus perdidos no meio da cidade.

[março,2007]

entardecer

longa espera. uma infindável busca por anseios, por trechos, por claros recortes de vida. não foi simples, não como se esperava. que me puxasse pelo braço, deixando as marcas desses dedos calmos. não foi leve, nunca como eu quis que fosse. cheios de trágedias cotidianas, daquelas que nem o tempo é capaz de curar. por perto, sons que de uma forma intrigante não vem de mim.

[outubro,2006]

imagens



porque algumas imagens merecem ser lembradas.

desejos

me conta. me encontra. tenta inibir meus desejos e bloquear minha fuga. vê se torna dificil esse caminho de volta, me faz querer ficar por mais que eu vá. e nesse rumo ao futuro, nesse consolidar de metas. a cabeça esfria. o coração acalma. e eu vou é seguir em frente. porque a vida não espera. e quem pode esperar?

sábado, agosto 09, 2008

tentativas

de quantas tentativas será que eu ainda preciso? um desejo resiste ao tempo e à distância? espero que não. porque eu espero que várias pessoas apareçam e passem. como eu devo passar. somos detalhes, fragmentos que permeiam várias vidas. de tantos estranhos e conhecidos que se tornam estranhos. as vezes doí parar pra pensar nisso. em como as vezes somos e tornamos as pessoas e os relacionamentos (sejam de que tipo for) artificiais. quero conseguir manter meu olhar de surpresa, de encantamento. certa dose de ingenuidade pode sempre fazer bem.

histórias

histórias instantâneas que parecem não passar. mas os dias correm, nem fazem tantos assim, e as coisas se equilibram. ficam mais calmas. e por alguns instantes até mais felizes. percebi que o que me faz falta é um clima, uma brisa, uma caminhada pela cidade, algumas pessoas talvez, não todas, algumas primordiais, as amigas os amigos. são essas as histórias que valem a pena. as que merecem ser lembradas. as que eu lembro.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Sorte de hoje: Pare de procurar eternamente; a felicidade está bem ao seu lado.

oráculo do orkut. quem acredita?
o coraçãotá longe. a preocupação táperto. mais uma fase neurótica. mas no fim tudo vai ficar tranquilo. eu espero.
uma merda isso. mas é hora de começar do zero.sem chorar mais. as cidades e as pessoas só demonstram impressões ilusórias.

quarta-feira, agosto 06, 2008

conversas solucionam. podem não diluir os sentimentos, mas amenizam. pelo menos alguns sorrisos ele conseguiu tirar de mim hoje. o dia começa melhor. ainda apaixonada. sem explicações. pequenas paixões e desejos. que o mundo gera.

terça-feira, agosto 05, 2008

nunca achei que uma saudade pudesse me fazer sofrer tanto!

sábado, agosto 02, 2008

consequências

a maior de todas as certezas. a maioria das coisas que começam acabam. dá vontade de acabar com todas as possibilidades de relacionamento. mas a tendência maior é sempre arriscar e se jogar de cabeça. a essa altura já é hora de aprender que não dá pra acreditar tanto, pra confiar tanto. o mundo é cheio de pessoas como eu. que se foda. que termine. que as sensações sejam somente instântaneas. alguns lugares são lindos demais pra se deixar machucar e afastar pelas pessoas que vivem aqui. pode ser cedo ainda. dependendo do ponto de vista talvez já tenha deixado passar muita coisa. mas não importa. pelo menos não agora. talvez amanhã quando acordar com dor de cabeça e com lesões que não são fisicas. mas por hoje a vida começa de um jeito diferente. pelo menos por esse fim de noite preciso de algum modo de libertação.

voltar pronta pra outra. pra continuar ou começar qualquer coisa. tô cansada dessa situação atipica. de me sentir parte e não ser. que o mundo grite as suas consequências como eu.

sexta-feira, julho 18, 2008

cheia de lembranças já.

sem sentir os dias passarem.
mais cearenses chegando.

felicidade que aumenta gradativamente!!!!

sábado, julho 12, 2008

terceiro dia

algumas coisas podem continuar... e serem extremamente prazerosas...

sexta-feira, julho 11, 2008

segundo dia

não se consegue dormir. são tantas coisas, tantas possibilidades. que só páro pra pensar na vida e no tempo. e ficar divagando por terrenos inusitados. quero essa paisagem na minha janela. quero tanto daqui que não consigo imaginar uma despedida. parece que faz mais tempo. o que muda a sensação de velocidade, de imagens passageiras ou estáticas? tudo foi bom, mas não parece passar. talvez porque eu queira tanto do tempo, só olhando ao redor e me enchendo de sensações, de todos os sentidos. imagens e desejos simples. não imaginava que fosse tanto. que a naturalidade de estabelecesse desde o começo. mas foi assim. o mundo e suas belezas extremas. e suas forças e confusões absurdas. já foram tantas coincidências, que começo a pensar que a dimensão, o espaço, as distâncias, não fazem diferença. como mero acaso. com o clichê de pôr a culpa no destino, o que tem que acontecer realmente acontece. não preciso forçar a barrar e forçar situações. mas são tantas as possibilidades de começos. já existem tantos caminhos possíveis. será que a dúvida pode passar por cima da certeza? pena que nem tudo pode caminhar junto. pelo menos não sem sentir que estou fazendo alguma coisa errada. enfim. já começou. tantas das minhas sensações já foram expostas com menos de 24 horas. por quanto tempo será que sou suportável? até agora nada durou por mais de um mês. e é justamente esse o tempo que eu eu tenho. com intervalos de vidas normais. não a minha. numa situação atípica. estranha. como acho que qualquer aquariana é. =]

que o mundo se abra mais cedo. que o sol seja forte amanhã. e que eu acorde.

quinta-feira, julho 10, 2008

primeiro dia

num dia inusitado e iluminado as coisas começam. com manhãs simples depois de uma noite em claro. me habituando. sentindo o clima e as pessoas. e adorando os minimos detalhes de um primeiro dia.

sexta-feira, junho 20, 2008

.

as coisas começam e acabem [ponto]

terça-feira, junho 17, 2008

,

tá chegando.. esse tempo que passa rápido demais.. e ainda não me deixou fazer nada que precisava. será que foi só o tempo mesmo? enfim. as coisas estão melhores talvez, pelo menos mais simples. nada de esperanças falsas, dessas coisas tardias e estagnadas. tudo bem, tranquilo e feliz. até agora.

domingo, junho 01, 2008

agora sim percebo o movimento. parece que só a partir de hoje ele adquiriu força. chegou toda a fé. admiração e vontade de fazer as coisas acontecerem. é como se, de algum modo, parte de mim estivesse renascendo.

sábado, maio 31, 2008

~ dias felizes ~

~ fortaleza é linda assim ~



fotografias

as vezes o que muda é o nosso próprio olhar. como se uma minima observação mudasse todas as idéias, todas as perspectivas. você aprende a ver as diversas belezas do mundo. a beleza dos sons e de cada sorriso que passa perto. até consegue aprender a sorrir. pelo olhar. as coisas conversam. nós conversamos. as coincidências fazem parecer manifestações do destino, o dia-a-dia de amizades lindas. e histórias que praticamente se escrevem, se desenham pela luz. por imagens. temos nosso mundo fragmentado em fotografias. posso escrevê-las um dia. e contar uma história cheia de acasos, de intenções, de amor, de força, crises, superações, distâncias, lágrimas. mas principalmente cheia dos sorrisos mais lindos que eu já conheci.

terça-feira, maio 27, 2008

~esqueça~

sábado, maio 24, 2008

mistério do planeta

Vou mostrando como sou e vou sendo como posso. Jogando meu corpo no mundo, andando por todos os cantos. E pela lei natural dos encontros, eu deixo e recebo um tanto. E passo aos olhos nus ou vestidos de lunetas.Passado, presente, participo sendo o mistério do planeta.
O tríplice mistério do "stop", que eu passo por e sendo ele no que fica em cada um.No que sigo o meu caminho e no ar que fez e assistiu. Abra um parênteses, não esqueça que independente disso eu não passo de um malandro. De um moleque do Brasil, que peço e dou esmolas.Mas ando e penso sempre com mais de um, por isso ninguém vê minha sacola.
(Novos baianos)

quinta-feira, maio 15, 2008

.

ninguém entenderia.

eu destrui a vida dela. completamente. nunca senti um medo, uma culpa e uma vergonha tão imensas.acho que nem consigo conversar sobre isso. nunca vou conseguir falar claramente sobre as coisas que eu vi.talvez nem deva. mas já são tantas pessoas que sabem. já tem tanta gente que olha pra mim sabendo disso. as vezes eu queria que a minha familia fosse menor. é dificil olhar pra eles. e dificil sentir como me olham. não sei por quanto tempo é suportável. já fica presa num canto o dia inteiro.mas nem isso me impede de ouvir.talvez já tenha passado da hora de ir embora.

mas como é que eu aprendo a deixar as pessoas pra trás?

domingo, maio 11, 2008

ironias

e com que paciência eu tenho estado. já passa minimamente, e os detalhes (como eu previa) se perdem na minha capacidade fraca de lembrar. isso é bom pra mim. (imagino que seja) as coisas não acontecem quando não se pode ver, quando não se consegue falar. (será que não?)
mais uns dias e eu me conformo. nada de ficar esperando com o monitor ligado.



[cheia de ironias]

quarta-feira, maio 07, 2008

ah como eu quero de volta. o apego. como se sente falta assim? eu sinto. que não seja somente eu a sentir. lembro dos detalhes. sem encontros apenas superficiais. quero de volta. pelo menos por mais um dia.

terça-feira, maio 06, 2008

dias bons

os últimos dias foram bons. nada de supervalorizar o que nem consigo entender exatamente. nada de ficar tão à mostra, nada de deixar as sensações tão explícitas. por mera proteção. nem sei de que modo as coisas começam a acontecer. nem sei até que ponto pode ser tão frágil. somente imediata, todas as reações assim. urgentes. instantâneas. sem preocupações que me limitem. mas fica uma idéia meio presa, uma sensação de que nem tudo devia ter sido como foi. enfim. nada tem que ser pra explicar. que seja confuso e dúbio e omita os fins de frase. o importante são os detalhes, coisas que consigo lembrar. talvez não por tanto tempo. minha memória estranha e meu modo meio confuso e perdido de ir e vir talvez não mantenha por tanto tempo. dias são felizes. e isso basta.

[ou não]

segunda-feira, abril 21, 2008

de uma história transcrita de algum livro. um daqueles cheios de sorrisos pelo caminho e dias felizes. com cenas bonitas e simples. naquelas imagens de janelas e portas coloridas. e pessoas com expressões fortes, marcadas pelo tempo. são diferentes. são especiais. e são lindas.
quero viajar. correr pela rua afora. e conhecer tudo o que for possível.
vou alimentar meus sonhos.
vou desejar mais.
tentar mais.

e conseguir.

sexta-feira, abril 11, 2008

são tantas as imagens extraordinárias do mundo. em toda a sua confusão resta uma leveza que conduz. vou seguindo junto, mesmo sem ter idéia de onde posso chegar com isso. talvez num abisma. daí escolho entre um salto e o caminho de volta. acho que já escolhi. sempre se pode voar, de algum modo.

segunda-feira, março 31, 2008

fase?

uma fase cheia de lapsos de responsabilidade e envolvimento. será que chego a ir além dos limites? parece que encontrei tempo e paixão onde não tinha antes. dias felizes. com uma consciência apurada das minhas próprias idéias e opiniões. espero que ainda haja tempo dentro disso tudo, pra ver e ser vista.

quinta-feira, março 27, 2008

frageis

a conhecer pessoas soltas, de diversos lugares. num conhecimento meio superficial, buscando chances de ver e falar mais vezes. mas é possível? as amizades se formam. mas dá pra consolidar qualquer relação à distância? claro! a gente acredita, vê, percebe, fala, discute. e se enche de idéias e memórias. e vai buscando as sutilezas de cada uma das relações, de cada um dos laços... por mais frageis que sejam.
continuações.

terça-feira, março 25, 2008

lembranças

vamos tirando pequenas coisas dos mais diversos lugares. e construindo cada folha. nos apropriando de alguns pequenos detalhes da vida dos outros. alguns pequenos resquicios como o som das palavras. o mundo nos enche de lembranças e preciso guardá-las em algum lugar.

terça-feira, março 18, 2008

teresina

Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina

(Cajuína)

quarta-feira, março 12, 2008

~ absorva ~

terça-feira, março 11, 2008

quero os meus detalhes. e voltar para as minhas próprias histórias.

[sozinha?]

.enfim.
.por fim.

[será?]

segunda-feira, março 10, 2008

pessoas

as pessoas esperam demais, cobram demais, punem demais. meio afastada do mundo. reclusa no retalho de uma casa. que talvez até tenha certas histórias felizes. mas de um modo geral (infelizmente) a memória se concentra nas tragédias, nos intervalos, nessas fases confusas que levam à vida a um estado meio perdido. não me sinto bem. como se um pedaço estivesse pendendo. como se tivesse perdido as coisas importantes. o mundo e as pessoas não são simples. e eu me sinto no direito de não ser. quero um pouco das minhas próprias lembranças, dos sorrisos que já consegui ter. das sintonias. as relações se fragmentaram. e eu sou, pelo menos por hoje, toda de fragmentos. de pedaços, de resquicios. de algumas histórias que tenho assistido à distância. o caminho se abriu, em várias pequenas estradas de terra. em que grupos se transformam. uns em dupla. uns sozinhos. fico tentando enxergar a distância. fico tentando conduzir. quero ser capaz de me ver. de juntar os pedaços e levantar. esqueci como se vive por alguns segundos.

terça-feira, março 04, 2008

~ pedaços ~

~ com tantas semelhanças. será que as pessoas veem o modo estranho como tratamos a vida. seremos confusos pra sempre? ~
~ quero esbarrar nos caminhos dos outros. olhar e ver todas as distâncias. equilibrios? será que existem? que me olhem de perto e eu me encha de graça. ~
~ perfis. frações da mesma pessoa. pedaços de um corpo que não se conhece. ~
~ eu quero reconhecer as minhas limitações, quero ultrapassar todos os limites. que me critiquem. que me esnobem. que se encham. eu não ligo. ~
~ eu sei o que eu faço. eu sei dos meus erros. mas sou cheia de fé e confiança. isso ajuda? ~

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

...



~eu quero entrar nesse mundo difuso~

domingo, fevereiro 03, 2008

instantes

é. você com certeza é uma dessas pessoas. uma dessas que vive por observar. essas simplicidades absurdas do mundo. todos os detalhes. mínimos. querendo sentir a leveza da chuva no corpo e ouvir todos os sons possíveis. e sente. e ouve. o mundo se deixa ver. se deixa sentir. com todas as suas sutilezas e fragilidades.
você pode descansar em seus detalhes ou dançar enquanto o dia começa. pode simplesmente se deixar ficar. dessa vez sem pressa. sem procurar tanto por histórias utópicas. talvez já seja hora de manter os olhos abertos. não sentimos como o tempo passa. nem sua rapidez, nem sua calma. é como se fosse escrevendo uma folha inteira, vezes por dever, vezes por paixão. onde é que ficam suas escolhas? as imagens parecem lindas. qualquer pessoa pode ser linda assim. os dias as tornam. são sempre imagens que vemos passar. perto ou longe. sempre frações de um mundo tão confuso quanto você. é capaz de distinguir o certo e errado, bem e mal. se é que se pode definir algo por extremos. mas não lhe importa. os instantes. são eles que valem. são esses segundos em que você não se apressa a olhar o relógio, esses onde você não percebe a altura do sol, nem se escurece. as palavras e os olhares estão cheios de uma coisa da qual ainda não consegue falar. que esses sejam eternos. que possa escrevê-los ou lembrá-los a qualquer hora. eu posso esperar. qualquer um pode. estou em uma pequena caixa com frases de uma história que tenta se escrever.

quinta-feira, janeiro 31, 2008

palavras soltas

composições próprias. janelas abertas, fechadas. frestas. vozes e cantos. fogo. cinzas. olham-se. e são lindos. mundo cheio de clichês. adoro. todas as histórias. felizes ou tristes. sempre cheias de algum amor. anônimos. importa? o mundo. a vida. a espiritualidade de cada um. detalhes escritos. vazios. presos em cicatrizes. alguns renascem. e eu posso. entre o comum. o normal. os estranhos são mais felizes. e eu quero ser mais feliz.

expectativa

até que ponto se pode controlar a própria mente? como se separa sonho e realidade? quando histórias e cenários imaginados passam a se tornar lembranças? talvez eu assista de perto as minhas escolhas. ou me afaste do corpo e observe pequenas frações. eu quero o completo, o controle. ver o reflexo certo, não o que espero ser.

terça-feira, janeiro 22, 2008

=[

comecei a notar que não estou nos albuns de familia, que tem uma pequena fração de tempo que todos lembram e que de uma maneira incrivel não estou na maioria delas. sinto pelo tempo gasto e por uma falta infundada. o mundo nem sempre precisa me perceber. dentre tantos, de todos os nomes e rostos que eu lembro, os amigos são poucos.

sábado, janeiro 05, 2008

feliz

e as coisas boas estão de volta. voltam os dias felizes em boa companhia. sentia falta. de cada um. dos momentos "hare". os grandes amigos me trazem de volta. a melhor delas. muitas flores pra encantar dias felizes. que sejam eternos. como relacionamentos calmos. instantes. mundo. "hare". mágico. feliz. [ponto]

quinta-feira, janeiro 03, 2008

mundos

sinto um pouco de falta. mas é como se estivesse em uma transição, não uma comum, como a que acontece em todos os anos. sem desejos traçados. somente tentando deixar as sensações vivas. estando sozinha quando preciso estar. convivendo bem mais comigo. com medo de proximidades excessivas, como se de algum modo soubesse que todo conhecimento gera despedidas. mundos ansiosos os meus. precipitados. cheios de sofrimento por antecipação. mas a vida começa mais calma esse ano. querendo colocar meus mundos em ordem. de um modo estranho, apresentá-los individualmente à mim.