segunda-feira, dezembro 27, 2010

a espera

Arrepende-se. Não sabe bem de que. Mas, arrepende-se. Das coisas não ditas, do que falou. Das lágrimas, dos desabafos. Da fé que voltou a ter nas mudanças de alguém. Será que uma conversa tem uma força tão grande assim pra mudar comportamentos. Não sei. Espero que sim. Espero que as coisas sejam diferentes. Como sempre esperei. Espero ter dado a chance na hora certa. Espero que as boas semelhanças aflorem esses sentimentos bons de querer perto e de se deixar mudar. Por um tempo prolongado. Não somente pelos dias seguintes.

Acredita. Não sabe bem em que. Mas, acredita. Acredita nas palavras, nas lágrimas, nos sentimentos anunciados. Volta a acreditar que pode perdoar. Que pode voltar atrás, pra deixar um recomeço que está por vir. Espera. 
Espera. Cansada na porta de um prédio no qual nunca entrou, diante de prateleiras alheias de livros que quer ler. De discos que quer ouvir. Que lhe alimentam de lembranças, de futuras memórias. De coisas que ainda podem acontecer. Do desejo de aproveitar o tempo perdido. Espera. Mais uma vez. Espera. Deitada na cama de casa, odiando cada ligação não atendida e cada minuto além da hora marcada. 

Aprendeu a esperar. Se deixou enganar pela fé e por alguma esperança de que as pessoas podem gostar ou precisar dela. Enquanto isso. Mancha o travesseiro outra vez. Caem umas gotas salgadas. Sente. Sente cada um dos dias que perdeu. Cada uma das manhãs e tardes e noites em que se limitou a esperar. 

Volta a esperar. Com fé. Com amor. Com raiva, em menos de uma hora, todos os sentimentos se camuflam no sorriso que mostra ao sair. Não sorri por dentro. Não sorriu. Não sonhou mais. Deixou o corpo esperando. Como sempre.

caio f.

"Me entende, eu não quis, eu não quero, eu sofro, eu tenho medo, me dá a tua mão, entende, por favor. Eu tenho medo, merda!Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fos...se e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto".
(caio fernando abreu)

quinta-feira, dezembro 16, 2010

[...]

traz a saudade pra perto. foi daquelas pessoas em que a falta às vezes significava mais que a presença. olhava nos olhos sim, mais que nos olhos do corpo. a alice que atravessou o espelho e esqueceu de voltar. gruda o corpo na porta de casa, tenta saltar da janela, consagra esses sentimentos estúpidos que a fazem correr mais rápido sem saber pra onde. esbarra em portas de vidro, atravessa paredes do quarto e fica flanando por entre seres estranhos que comungam de suas compulsões e vícios. não procura suas qualidades nos outros, valoriza os defeitos. absorve toda a insubordinação, toda a impulsividade, imaturidade seja o que for. de um segundo a outro transforma essa sensação estranha e restaura uma vida comum e cotidiana demais. 

sexta-feira, dezembro 10, 2010

caio f.

comecei a ler "para sempre teu, caio f.", sobre o escritor caio fernando abreu. tenho praticamente uma obsessão por biografias. uma leitura que corroí os sentimentos que ainda tenho, tenho vontade de conhecê-los, de imaginá-los, as vezes de ser como eles. quando não encontro tantas semelhanças, que quase imagino conversas e trocas, de cartas, sonhos...

ele me deixou assim. cheia dessa melancolia que não se guarda. me perguntando se alguma amizade, hoje, resiste à troca de cartas e sinceridade. tendo na escrita a maior paixão, o maior alivio e a maior angústia. a companheira que vai me sugando e alimentando ao mesmo tempo. não gosto de escrever, eu preciso. 

se guardar ou afogar a minha entre as linhas é suficiente eu descubro depois.

quinta-feira, dezembro 09, 2010

histórias

guarda uma história no quarto. deixa as palavras vagando por lá. sonha com elas. infinitas frações de histórias. ainda não concluiu nenhuma. vai sentindo quase todas elas pairando sobre si enquanto dorme. diversas fontes, diversos sentimentos, diversos... sente o som das palavras vibrando ao pé do ouvido. se alimenta delas. quer torná-las personagens. aqueles todos que se assemelham a ela. vaga entre portas de pessoas estranhas, talvez um dia conheça uma delas em um café, partilhem o silêncio e guardem na memória uns olhares trocados, reciprocos... e uma, duas horas depois um sai pela porta e deixa um sorriso largado ao vento, de despedida. pode acreditar que o "destino" vai colocá-los de novo no mesmo lugar, que pode anotar o nome, endereço, telefone em uma página aleatória de um livro e ir embora deixando uma esperança meio solta de partilhar aquele silêncio outra vez, como naqueles filmes que até lhe fazem acreditar que as coincidências realmente tem algum sentido. pode tantas coisas. ali, parece que as imaginações viram lembranças, que as situações que cria foram realmente vividas. confunde os medos reais com o que pairam durante o sono. acorda num sobressalto. num susto de um lugar estranho, como se não reconhesse mais a pessoa que é, que foi... como se alguém pudesse mudar tão bruscamente, como se os sonhos alimentassem mais que a vida cheia de encontros, medos, paranoias, fases, ciclos. o que preenche esse espaço de tempo em que a gente vive afinal? será que é possível encontrar respostas tão coerentes e definitivas? 

[não]


percebeu outro dia que os sentimentos mudaram. que ela mudou. mais um personagem de passagem. buscando uma saída pra encontrar uma porta ou uma janela nova. cheia de vontades, de recomeços, de uma luz estranha que tem bastado. os tempos largados divagando sobre aquele futuro que é, necesariamente, incerto. melhor que seja. cansou das certezas. da vida prática. vai indo pelos caminhos dificeis, deixando algumas pessoas pelo caminho, talvez. você muda, ela muda. quando se dá conta, já nem lembra de quem tanto gosta. ficam lembranças... ficam. não sei se saudade. mas a lembrança ninguém pode lhe tirar. 

se é pra se dar conta de que o tempo passa, melhor começar a viver. perseguindo aquelas coisas que lhe deixam um sorriso involuntário no rosto. que deixa escorrer uma lágrima. aqueles que emocionam sem falar. 

[a essa hora, melhor deixar o copo e o cinzeiro de lado um pouco e começar a dormir. a noite é cheia de palavras que pairam]

ciclos

fechando um ciclo, acho. encontrando e reencontrando algumas pessoas. fortalecendo certos laços. aprendendo, no minimo tentando aprender. cheia de coisas e percepções a serem avaliadas, vontade de ler, ver e ouvir milhões de livros, filmes e músicas. será que o tempo se altera depois dessa "fase"? vou descobrindo, de certa forma, um caminho novo. e sem a menor ideia de onde se pode chegar por ele. 

segunda-feira, novembro 22, 2010

vícios

esqueci dos dias mais calmos. vivendo assim. voltei a lembrar que um cigarro atrás do outro [não que faça bem!] acalma. que o café me mantêm mais tempo acordada. será? a vida saudável fica pra mais tarde. por enquanto os planos, as metas, a necessidade de concretizar as coisas não me mantêm calma o suficiente sem os vícios diários sendo alimentados. o sono que não permite descansar, as noites mal dormidas, a dor nas mãos do frio de uma sala fechada no ar-condionado o dia inteiro, de escrever quase mais do que falo, mesmo sem organizar tanto, mesmo sem concluir o que é necessário. tem tempo? tem que ter. no final de um processo. que não tem sido dos mais fáceis. nem dos mais curtos. que ânsia de terminar não o deixe "inacabado", entre aspas porque nada assim pode estar de fato concluído. aprendendo com alguns erros, submetendo-me às criticas, ainda sem estar preparada pra isso. será que alguém realmente está pronto para reavaliar, os trabalhos, as folhas preenchidas, a vida? no desejo de uma conclusão acertada.

terça-feira, outubro 26, 2010

dias estranhos

em dias estranhos. minimos. tentando fazer as coisas pequenas, tentando começar a organizar a vida, os papeis, os sentimentos de alguma forma. por mais que possa demorar. dia de primeiro passo e esperança que os outros passos venham depois. cansada de um pouco de tudo. das reformas que atrapalham o cotidiano da casa, dos textos que não consigo escrever, das entrevistas atrasadas. de não saber o que falar, o que fazer. estou imune a esses comportamentos precipitados. será? quero uma conversa aleatória, um desconhecido pela rua que parece pensar ou ser ou gostar das mesmas coisas que eu. possível? no sonho, na esperança... talvez seja hora de voltar a ver aqueles filmes, ouvir aquelas músicas, bonitinhas, bobas, que fazem você acreditar nas coisas bonitas, nos sentimentos bons, na possibilidade de encontrar o amor da vida em um esbarrão acidental. 

o bom é saber que, definitivamente, isso nunca aconteceu. 
não perdeu um amor por aí. só não encontrou.

quinta-feira, setembro 23, 2010

superação

superação. com a clareza que não significa esquecer. 

é, claro que tem uma sensação boa de ver e não importar mais. de encontrar e não precisar fica lá do lado, esperando as reações, as atenções, que, em algum momento, foram desejadas. sensação boa de não precisar ter perto, de não precisar ouvir a voz. o desejo não é superior à essa necessidade que até pra mim sempre pareceu absurda e extrema demais. se falam e pensam qualquer coisa já nem importa. qualquer das pessoas que podem ou que eu imagino fazendo esse tipo de coisa não importam mais. 

estou no ápice de uma liberdade que não me prende. qualquer das coisas, possibilidades... pode acontecer. o passo certo é reagir sem a necessidade. se ficou um pouco de desejo, não se pode fazer nada. não imagine que é unanimidade. por mim não.

terça-feira, setembro 21, 2010

outra vez

alimenta outra vez...

deixa os olhos se encontrarem. as mãos juntarem novamente sem querer [...] quando fica parada no alto de um prédio observando a cidade as coisas parecem menores, os sentimentos parecem mais fáceis. a impressão que eu tenho é que as coisas a partir daqui vão acontecer como têm que acontecer. natural. tranquila. leve. destoante do pulso que bate cada vez mais acelerado. a essa hora as distâncias se aproximam. a essa hora o coração grita alto. chama alto. como podem as pessoas? como ousam as pessoas? imersas no silêncio e no vazio de quem finge compreender. de quem percebe com calma, mais do que é realmente necessária, esse meu limite que não nutre a superação. quer passar por cima de tudo. quando pretendia tentar novos começos, quando se aproximava de novas pessoas... quando deixava a saudade esquecida em um canto da casa, do quarto, da vida... o corpo volta a suar frio. as conversas ficam mais nervosas. o sorriso fica exposto por ver. 

chega o momento do ponto final. quando olha pro lado. quando perde a voz. quando as palavras não completam frase alguma. quando o sonho dispersa. quando desfoca as imagens e as letras. deixa a ansiedade tomar conta. escolhe o lugar. pára e deixa o corpo e o coração ficar.

segunda-feira, setembro 20, 2010

encontros

quando passa. soa uma brisa leve ao pé do ouvido. reencontra memórias tão boas que doem de alguma forma. por ser pura lembrança, por ser o que passa. andando devagar ao lado, as mãos juntas. ainda. nesse tempo que anda mais devagar, nesses dias que lapidam essas sensações falsas de proximidade e um gostar alheio. aquele que se apresenta como amigo. aquele que se preocupa como amigo. ou não? ou é pura impressão que qualquer resquicio bom de sentimento ainda reste. ela, da calma parte para uma ansiedade. uma combustão. um caos. dentro dos limites de paredes já reconhecidamente próximas da história que ousa lembrar. é da leveza que sente falta. é do cuidado que quer fugir. guarda uma parte daquilo tudo, queima e deixa o vento levar e dispersar pro mais longe. só daqui resta alguma coisa. só daqui sente alguma coisa. 

não quero que encontre. não quero que guarde. basta o tempo gasto, o sentimento disperso, a doentia sensação que, de tudo, alguma coisa ficou. 

se encontrar. esqueça cada palavra, cada ato, cada sentimento. deixa diluir por aqui o que já não faz bem.

desse lado, só posso tentar.

quinta-feira, setembro 16, 2010

guarda as contradições para si.

sexta-feira, setembro 10, 2010

procura

procura o comum. a semelhença. a identidade. olha nos olhos, nos poros e procura se reconhecer. se perceber como um. não estou procurando um encontro que marque a vida, não agora. a felicidade se dispersou por outros caminhos. e está cada vez mais perto de onde estou. vai seguindo. na lentidão do cansaço. no desespero de uma ponta de culpa. vai invandindo o corpo de leve. nas intenções que prendem as vontades guardadas, presas. melhor que fiquem assim. a concentração pede tempo. o desejo pede liberdade. que é a alma e a força de resistência de cada um desses dias, cheios, sós, lentos ou apressados demais. reencontra em um desses lugares mais que comuns um rosto conhecido, menos que isso, familiar. alguém que conheceu, trocou algumas palavras, alguns jeitos de experimentação desse espirito, as vezes falso, de ser a liberdade, o desprendimento e a casualidade em pessoa. ponto. é o que importa agora. o momento em que as coisas, e impressões erradas findam. e dão lugar a um golpe de realidade minimamente estranho. não que as reações façam sentido. não que a procura faça sentido. não que eu queira. 
|definitivamente, consegui perceber o que eu não quero|

soa alto demais. soa limitado demais. na procura de palavras dúbias. de metáforas, no momento em que se exige clareza. vai de longe. nas impressões distantes. no foco errado. caminhando devagar e ouvindo os sons do corpo à procura de estranhos. 

quinta-feira, setembro 09, 2010

deixa viver

"tem uma essência que marca e prende e liberta [...] se impregna de palavras soltas e sentimentos livres. se encolhe em si. se encontra mais longe. no lugar que ainda não conhece, no tempo que ainda não imagina. as vidas andam. assumem forças. encontram-se pelas calçadas e esquinas. dentro e fora de lugares e quartos comuns. seja perto. seja forte. seja uma semelhança e um encontro aleatório com quem nunca imaginou. a surpresa se enche e se embala em um conto estranho. daqueles que dizem pouco e muito. daqueles que mudam a vida sem fazer diferença. segue pelas contradições, pelos caminhos inesperados, pelas escolhas variantes. cheio de espinhos que furam e sugam um pouco daqui. de si. dela. do corpo. da alma. da paz. é a calma aprensentando o olhar diverso. é a raiva acompanhando a dispersão.  leve-se. eleve-se. livre-se do alheio e vai conhecer a si mesma, enquanto sente a água tocar os pés.em percurso. de escolha em escolha. de detalhe em detalhe. do caótico e gritante olhar. ao excesso de tranquilidade e equilibrio." [deixa viver]

quinta-feira, setembro 02, 2010

pessoas

quando começa a imaginar que compreende um pouco as pessoas surgem várias atitudes, palavras, fugas que demonstram o contrário. quanto mais se conhece mais dificil de entender. talvez seja melhor deixar de lado esses seres estranhos. talvez seja melhor manter aproximação com quem de fato se deixa entender. será que existe alguém assim?

quinta-feira, agosto 19, 2010

São


São como... essas limitações impróprias da vida. Me pergunto como ainda hoje algumas atitudes soam ainda como uma afronta, como um risco, como uma raiva alheia ao que não se permite perceber. Sábios são os loucos, definitivamente. Aqueles onde a coragem é um ben primordial, o mais forte, o mais consciente dos sábios se permite. Ousa escrever palavras fortes e gritantes, ousa contar da própria vida mais do que deveria. Ela é mais forte ou frágil do que parece? A quem diga que seu comportamento não lhe traz, não lhe leva a nada. Isso importa? Ah, foda-se. E quem mais quer que critique a coragem das palavras, que grite mais alto que essa mulher que alimenta a vida de felicidade e sonhos.  São as coisas e atitudes frágeis e breves. A vida é recheada desses segundos felizes e horas e dias de preocupações absurdas com o que podem pensar. Não pra todos, felizmente. Há quem perceba esse dom breve de sequências e idéias absurdas, corajosas, que enfrentam mais do que ao próprio reflexo. Se é fácil alimentar a alma? Se é fácil alimentar o corpo e o prazer que deita ao seu lado? Se é fácil gritar aos opostos? A coragem corre nas veias da pessoa que inspira essa alma e esse corpo são, até excessivamente são.

impressões

eu visualizo. de um lugar distante, sem muitos sons. as imagens se mesclam com o olhar miópe. as luzes são meros pontos luminosos, como se um ponto fixo se expandisse e  se juntasse às cores do céu. quem percebe as gotas na lente? os olhos escuros? a voz mais rouca do que deveria, sem importar. já não canta tão alto, nem sussura ao ouvido de alguém.


é de um encontro aleatório, sem expectativas. ao mesmo tempo, em que olha pros lados buscando rostos familiares. uns e outros que você encontra pelas ruas e bares da vida e aprende a só cumprimentar. se familiariza com os gostos alheios, mal conhecendo. admira à distância os caminhos de vidas de pessoas que mal lembram seu nome. estranho é nomear sentimentos e encontrá-los pelos rostos e sorrisos de quem te encontra uma vez só. estranho é algumas pessoas imaginarem que realmente conhecem você.


sou ao mesmo tempo a melhor e a pior pessoa. a mais feliz e a mais dramática. a companhia e amiga de vários e a mais sozinha. a mais cuidadosa com as palavras, a mais eloquente, a mais calma, a mais excessiva... a que ama demais, a que sente mais raiva... sob perspectivas e olhares diferentes. onde fica o meu? onde fica a percepção clara do que vejo no reflexo do espelho e por trás dele?


se gastar meu tempo diluindo essas impressões... se gastar a vida justificando as escolhas, os acertos e erros. se deixar que conduzam essas raras escolhas que a gente tem o "direito" de fazer... o que sobra? umas miséras horas recheadas de noites mal dormidas, de programações excessivas, de cuidados absurdos.


olha pros dois lados. passa dias e noites (principalmente) procurando o familiar, o semelhante.. aquele que se reconhece em uma ou outra frase. quando encontra... se faz o que? fica imersa em si mesma. fingindo que o dia espera encontrar algo mais....

segunda-feira, agosto 16, 2010

desapego

sob certas tentativas. estabelecendo certos contatos. proximidades. sem atitudes exatas. sem certezas ou cuidados. algumas insistências deveriam ser ignoradas. algumas brincadeiras e excessos. será? tentando efetivar um certo desapego. tentando lapidar alguns sentimentos que duraram demais. apagando algumas memórias, necessidade? talvez. depois de feito um arrependimento (não tanto) nutre o corpo de idéias erradas.

sem focos estabelecidos. sem desejos concretos. quer ir vivendo da maneira que for. concretizando coisas, deixando o caminho livre para as surpresas que surgirem. é, de certa forma, um guia.. de comportamentos, de cuidados, de situações... se é necessário? nem sei se isso importa. vai tentando construir o mais lento possível. vai tentando conhecer na marra. forçando as portas dos sentidos alheios. tudo parece significar.         

"não, eu não alimentei isso". 

será que não? tenho frases marcadas, tenho conversas na memória, tenho alguns dias recentes, alguns cuidades, atitudes, preocupações... 

"mas isso não alimenta, não dá força, não apega?" 

quem sente. é quem sabe. 

"não acredito que sente tudo isso ainda.." 

pois é. a vida surpreende. tinha certo medo, de encontrar, de esquecer, de superar... 

"nem eu acredito, nem suporto, nem quero". 

se coloca diante da porta. acompanha todo o dia. fica esperando. ver indo embora. alguém deixa um liquido fresco escorrer dos olhos. não quer falar a palavra que marca tudo isso. deixou de dizer coisas. deixou de sentir coisas. durante o tempo perto esqueceu que algumas coisas devem ser deixadas, devem ser abandonadas em uma memória de simples objetos e linhas. pelo que contou do tempo, dos dias... fica uma memória breve. fica um sentimento forte. que já nem sabe o que é. 

"como não sente raiva, como não sente dor?" 

"como se esquece? como se suporta?" 

"deixando o tempo, deixando os dias, deixando o líquido cair, deixando as palavras gritarem, tentando deixar de sentir"....

sexta-feira, julho 23, 2010

...

porque aqui se manifesta uma sensação no minímo estranha. não sabe o que pode sentir, fica imaginando as possibilidades mais absurdas de ação e reação. tem medo de encontrar. medo de ser vista. um medo simples. das coisas mais banais. parece uma despedida. quando um ciclo se fecha, quando finalmente se deixa livre para encerrar histórias que já duraram tempo demais. que ficaram presas além do corpo. a intenção é parar de alimentar toda a superficialidade, todas as impressões de que esses reencontros são necessários. não apago as pessoas. não desisto delas. não supero como finjo. se parece claro? se soa fácil? acho que nem eu saberia responder. se quer uma história da vida. abre a porta. deixa o caminho livre. por mais que soe poética. por mais que tenha a intenção se deixar coisas e idéias implicitas.  por mais que tente ser irônica, metafórica...


deixa a clareza ultrapassar a intenção.

quarta-feira, julho 07, 2010

encontros aleatórios.

decisões precipitadas. vai enfrentando as paranóias alheias. vai sentindo como se fossem suas. sua fragilidade, de certa forma, está nos outros. nos que olham, nos que falam, nos que deixam de falar... ainda naquelas pessoas que não deviam importar tanto quanto importam. sai ouvindo novos sons. vendo a vida com cores novas. com histórias que podem acontecer. com viagens que planeja, com sonhos que mantém. sem limites. sem fronteiras. deixa o tempo correr solto. se entregando rápido. deixando sentir. o que importa além da sensação? tantas momentâneas. tantas desesperadas. sai contanto pelas frestas  as histórias que deixa passar. 

sexta-feira, junho 11, 2010

contando

em uma sala vazia, em um andar vazio. já faz algum tempo que não passo tanto tempo diante de uma tela branca sem saber o que escrever. vou tentando e ocupando as linhas. cada vez mais devagar. sensações no minimo estranhas, sons no minimo impróprios. do elevador vazio. da porta abrindo. junto aos sons habituais. tantos e tantos. uma saída rápida pra mais um cigarro. mais um xicara de café. tentando fazer o tempo passar devagar e ele corre. uma noite que promete ser longa, ser intensa. como tantas. comum. cansativa. excessiva. será que importa essa sensação e esse descaso com que tenho levado a vida? será que realmente faz diferença pra alguém? acho que me soltei do mundo e de todas as limitações e incoerências que as pessoas proclamam. bradam. gritam. o que se faz em silêncio. o que se espalha pela vida.

vai contando histórias próprias, abrindo o próprio livro e deixando-se ler. será que conhecer tão bem alguém pode, de fato, gerar certa repulsa? acompanha os olhos que se abrem com sono, o café frio do dia anterior, o cigarro matinal, o imenso percurso do dia, as noites mal dorminas, o excesso de bebida. acompanha. vai falando mais alto, contando mais, pedindo mais atenção. como se consegue ficar sozinha em um ambiente barulhento e cheio? peço sugestões.

se sente deslocada. se sente ao mesmo tempo superior e inferior. maior e menor. parece que em poucos segundos toda a sensação e as escolhas mudam. de uma garota, mulher, menina visualmente feliz. parte pro clímax oposto. aí está a grande história, o apice. que vai lentanmente se transformando em um fim de filme, música, história. não acho que desenvolva uma trajetória clara. mas será que é necessário? não acho que as coisas por aqui façam sentido, não espero que façam. vou deixando uma parte de mim fluir de um jeito estranho e contar um pedaço, um segundo, um minuto (no máximo) de algumas dessas sensações.

as vezes não acho que quero tanto. quero uma folha. um lápis. uma tela, um teclado.
uma música. um conto curto de um bom dia. um sorriso mais livre, não daqueles que se forçam pelo reconhecimento, não de cumprimento. quero mais tempo. mais cuidado. mais respostas. mais força. mais companhias. qual é a principal busca? qual é o principal desejo e medo que coexistem num corpo só? se me ensinar a superar talvez os sentidos se alterem. talvez eu traga de volta a beleza de certas linhas. talvez eu saiba o que escrever. talvez eu construa novas histórias. sem uma auto-biografia pseudo poética na qual tenta se camuflar.

se as pessoas tem medo de deixar a vida contar. eu continuo. sem importar se alguém reconhece. se alguém se encontra. quero mais é guardar no tempo as experiências que eu tive, que eu tenho e que eu posso ter.

sexta-feira, junho 04, 2010

surpreende.

deixa a voz falar com calma. parece sonho a frase. parecem sonhos os dias. tem uma janela na casa. avista uma praça, algumas pessoas. um movimento simples e diário. parece uma vida tranquila demais. fica imaginando um futuro estranho, sem tempo. uma limitação imposta. por escolhas, por descuidos. se quer ficar esperando que as coisas aconteçam procure outra pessoa. olhe mais de perto se for preciso. e saiba que eu, definitivamente, não sou a pessoa certa. tem uma varanda no alto do prédio, tem um mar e uma lua acompanhando a vida. os inícios de noite. as preliminares dos excessos. quando se dá conta já fez tudo o que disse que não ia fazer. já falou, já gritou. já reconheu no espelho um personagem estranho e, por vezes, alguém que gera repulsa. se a felicidade se externa tanto. se a tristeza se esconde tanto. tem uma coisa errada na vida. fica fingindo que vive bem de coisas superficiais. mais esconde do que mostra. fato. as escolhas aleatórias tem consequências. tem erros. com um medo enraizado na alma que impede de dormir. mais tempo fora que dentro de casa. porque conviver comigo não tem sido fácil. se dispersa na multidão. por vezes de rostos conhecidos.

pensando se vale a pena começar.

terça-feira, junho 01, 2010

amenidades

sem amenidades. chuva forte durante a manhã. o sono acompanha o dia. o café forte já não surte efeito. saiu mais cedo. esperou mais tempo. o corpo em sentido oposto. a sensação da pele queimando, do olhar perdido. a voz rouca. impedindo o dia mais longo. nada de paredes brancas. nada de felicidades simples. fica imersa. deixa a água mais quente tocar. tranca o quarto, janelas, portas, esperanças. fica a mercê da opinião alheia. se entrega. mais.

as pessoas mudam? as pessoas escolhem? são.

tem uma essência que marca e prende e liberta. e grita do alto de onde fica durante a tarde. deixa-se na varanda do décimo andar. o céu vermelho dando lugar à lua. mais cheia mais cheia. se impregna de palavras soltas e sentimentos livres. se encolhe em si. se encontra mais longe. no lugar que ainda não conhece, no tempo que ainda não imagina. as vidas andam. assumem forças. encontram-se pelas calçadas e esquinas. dentro e fora de lugares e quartos comuns. seja perto. seja forte. seja uma semelhança e um encontro aleatório com quem nunca imaginou. a surpresa se enche e se embala em um conto estranho. daqueles que dizem pouco e muito. daqueles que mudam a vida sem fazer diferença. segue pelas contradições, pelos caminhos inesperados, pelas escolhas variantes. cheio de espinhos que furam e sugam um pouco daqui. de si. dela. do corpo. da alma. da paz. é a calma apresentando o olhar diverso. é a raiva acompanhando a dispersão.  leve-se. eleve-se. livre-se do alheio e vai conhecer a si mesma, enquanto sente a água tocar os pés.

em percurso. de escolha em escolha. de detalhe em detalhe. do caótico e gritante olhar. ao excesso de tranquilidade e equilibrio.

pára de sonhar com a vida. e segue. e apega. e prende. e ama. e sonha. e fala. e grita. deixa que contem. e parafraseando uma música dessas da vida "deixa viver".

segunda-feira, maio 31, 2010

ela

ela é diferente. de um jeito meio torto. se joga fácil, se rende. sem cuidados, sem controles. é distante.
passa o tempo contando a vida, abre o livro inteiro e deixa a história voar por aí. palavras descontroladas, frases de efeito sem filtros. sem cuidados. a unha vermelha descascando, o lápis manchando o olho.
ela deixou o corpo leve. que a paranóia dos outros fique longe. se te olham diferente deixa olhar. se faz coisas inaceitáveis deixa fazer. precisa fazer o que? ser diferente? agir diferente? fingir?

as pessoas ao redor olham sem calma. mais que observam, julgam. se me incomoda? as vezes. se me machuca? as vezes? mas essas são as que menos importam. tem melhores formas de se fazer um convite. tem reações mais cuidadosas. ela deseja mais que pode. fato. ela faz mais do que deve? não sei. os limites se guardam em outras pessoas. uma delas importava. em processo de deixar de importar.

só sei que ela pediu um tempo de calma. só sei que ela deixou de esperar pra viver.
só sei, que não vai se espelhar em ninguém. se quer saber... o tempo é pouco, a vida é curta. não espera mais tempo e salta do mais alto pra vida.

ela anda pela rua mais feliz. ela canta alto com os fones de ouvido. importa que a escutem. ela sabe o que faz bem. se outros sabem, deixa assim. fica perto. mais tempo perto. não deseja mais tocar, falar. mas tem a necessidade incrivel de ver. deixa passar longe. olha pelo canto do olho. fala mais do que devia. deixa uma ligação desnescesária contar do fim de semana. sem ele por perto. o outro lado da linha parecia estranho, parecia não conhecer. até a parte que lembra claro. o que falou? o que ouviu? realmente importa? importa que a mensagem não foi respondida. importa que não liga de volta. importa que passou. se ela quer ficar inventando desculpas pros outros... será que é a única a fazer isso? mas... mas... mas... quando alguém precisa de palavras explicitas... não adianta amenizar.

acaba-se.
começa.
finda-se.
sem esquecer.

possibilidade remota de tirar da cabeça. será?
a noite mais longa em uma distância próxima. será?

ela fica na cama. na casa. no trabalho. no tempo. na praia. há tempos sem ter sono. há tempos com a memória estranha. há tempos sem lembranças. conta alto a vida. escreve depois, pra um dia. quem sabe. talvez. ter o que lembrar. edita os fatos. edita os erros. o jeito estranho de cuidar de si mesma. cada vez mais explicito e incoerente. importa?

só se pode gostar dela. conhecendo seus defeitos. não se espera muito. não se cuida direito. não lembra os detalhes. tem preguiça por vezes. tem vicios extremos. ama demais. se apega demais. melhor apresentar-se.

sexta-feira, maio 28, 2010

equilibrio?

quanto mais se procura pior. acordando em cima da hora, andando sobre um fio. equilibrio só no sentido literal.

inacabadas

tem um pedaço solto de vida por aí. uns retalhos no chão, um copo quebrado, um cinzeiro cheio. muitos textos e livros pela mesa. a memória cheia. o pouco espaço. essa caleidoscópio confuso das coisas inacabadas. será que termina? será que começa?

olhando pelo canto. o sorriso escondido. que seja silêncio por mais tempo.
esses dias a vida tem passado devagar. sem direções precisas. importa?

segunda-feira, maio 24, 2010

sussurando

alguma expectativa? vai mentir que não. talvez seja hora de começar a seguir meus próprios conselhos. ou parar com essa hipocrisia idiota de se achar dona da razão e das idéias certas. pelo que eu tenho sentido talvez seja o oposto disso. se joga. pula. faz tudo o que quiser fazer. o que, de fato, quiser. não o que pode esquecer na manhã seguinte. se precisa controlar o corpo deixa a alma livre, aberta, ganhando espaço pelo mundo alheio. é fácil? difícil? que sentido esse tipo de limitação pode ter? é o que fica gritando dentro que uma hora se solta de si, se prende em outro. se quer fazer alguma coisa hoje. diz. se quer dizer que sente alguma coisa. faz. passa o tempo. passam as mágoas. passa a vida. passa o forte e volta o superficial. pelo caminho e pela experiência tenho perdido tempo. perdido o foco. perdido memória, lembrança, sentimento, opção, controle. o que pode mudar? me tranca em um lugar, sem porta, sem janela, no escuro limitado pela fresta, me deixa ver o lado de fora sem poder sair. me deixa sozinha. talvez assim eu desista das minhas escolhas. talvez assim eu escute os conselhos que eu não quero seguir. (não todos, alguns). faz o caminho oposto e me deixa assistir você se distanciar. fica longe. e canta no volume mais alto. eu guardo a voz na memória. e dentro. até que os poros se abrem e a reação se força a sair. é como uma metáfora. é como uma ironia. uma pessoa que se desliga deixando o mundo no superficial. quando passa por tantos o que justifica se ligar a um? qual é a estranha escolha do acaso que me faz lembrar só dele? o que mais se afasta? o que mais encanta?

descanso algum tempo. cansada de bater na porta trancada. cansada de tentar passar pela fresta. pelo menos a voz. cansada da ausência do mundo. e da companhia insuportável de mim mesma. o corpo suado, a boca seca. sussurando. pelos cantos como se alguém que não ver pudesse ouvir. quase ouço a resposta. quase ouço você.  e fico voltando. indo e voltando. de um lado pro outro. com o corpo cansado. com a cabeça doendo. tentando dormir pra começar a viver do lado de fora.

diferente

porque o gosto é diferente. porque o jeito é diferente. a voz mais suave. o desejo mais forte. quando encontra de um lado da rua. quando olha. pelo menos é a sensação que eu espero, que eu quero. do superficial pro absoluto. do vazio pro cheio. querendo encontrar e tocar outra vez. tem espaço pra isso? tem tempo pra mim? talvez eu consiga aprender a deixar a vida fluir sem ser à força. talvez eu consiga entender cada uma das limitações. o tempo não é o mesmo. o desejo não é o mesmo. talvez eu consiga. talvez eu queira esperar.

segunda-feira, maio 17, 2010

personagem


A personagem é de fato quem quer ser. Pelo menos por uma noite, extrapolando limites, indo aos extremos, excedendo. Na manhã do dia seguinte os excessos cometidos fazem diferença. Semana conturbada, se deixou fora de si por muito tempo. Entre mensagens, ligações e encontros desnecessários. Sem arrependimentos absurdos, quase não faz parte dela esse pedido insano de desculpas. Se quiser que queira assim. Será que tem certeza disso? Lapsos claros na memória, horas apagadas, sono insuficiente, dor de cabeça. Disfarça o tropeço público, perde a vergonha de sentar no bar e ficar sozinha. Hoje espera que o olhar tenha sido menos explicito do que lembra. O que descontrola alguém assim? Tem medo de abrir a vida, mas abre. Tem medo de falar alto, mas grita. Tem medo de olhar e falar, mas sente. Tranca o caos, guarda, e explode. Insuportável até para ela mesma. O cuidado anula um pouco a vida. E vai pelo meio das ruas, a hora que for, e vai por caminhos estranhos, como se a confiança, o excesso, o descaso... a protegesse. A vida está chamando agora. Precisa ser mais racional, sensata, até a loucura impõem seus limites. Por hora, senta diante da tela, se protege na personagem que só pensa que é. Enquanto esconde as imperfeições do corpo, dos desejos (nem sempre reais) do que precisa? Agora? Ver o céu. A dimensão dos sentimentos e a reação à eles não pode ser compreendida por aqui. As pessoas se protegem de modos diferentes. Tem medo de modos diferentes. Sentem de modos diferentes. Pena que esse modo pode ser insuportável para todos. Agora faz sentido. Como se convive com um personagem tão instável? Se alguém souber me conta. O sonho e o desejo se anulam. Deixa de achar possível uma mudança nos dias seguintes.

Depois da noite. Parece que o tempo passa devagar.  Alguma coisa errada, que não lembra. Acorda com o rosto marcado da noite mal dormida, com sobras de maquiagem nos olhos. Com vontades precipitadas. Com ações precipitadas. Mas será que as pessoas realmente devem se impor controle? Se quer ligar, se quer escrever, se quer tentar, desistir, lutar, sentir, fazer, gostar... que faça! Se as pessoas se importam com as reações, as vezes estranhas demais talvez (na verdade eu sei que são) pode pura e simplesmente ser a indicação que essa idéia de caminho era precipitada demais (errada). Os encontros são diferentes, os sentimentos nunca são claros assim. Sem paranóia, sem precipitações, sem excessos, sem confusão, sem caos, sem loucura (só por um tempo), me despeço. A vida segue, e por um tempo, tenho outras coisas a fazer.   

quinta-feira, maio 13, 2010

sozinha

senta mais perto, a mão aproxima devagar. não precisa falar. o som conta o início da história. que talvez comece só do lado dela. enquanto deixa ficar com o tempo, com a brisa. o vento que bate forte no rosto, que arrasta cinzas pra perto dos olhos força uns pensamentos e umas imagens inatingiveis.
 ficou sozinha esse tempo. conversas imaginárias e todo o resto só aqui. só dentro dela. pedindo calma, pedindo tempo. pedindo volta. volta que me impede. parece que o corpo sente, que falar é desnecessário. e quando se percebe o tempo da história passou, e todos deixaram passar. ao fim do dia, caminham para lados opostos, vidas opostas. não há mais encontro. nem sentido. a sensação passa em algum momento. e mais uma vez, alguém prende tudo no corpo, pior que isso. prende mais forte. os sentidos afloram. e a beleza transborna em um liquido salgado que cai dos olhos.  andam a distância, por caminhos paralelos. que acidente da mundo pode colocá-los no mesmo lugar?

planos

que passe rápido. da intensidade absurda começo a me fechar. como se dá um tempo de tudo? como me tranco em casa e fico mais comigo que com as outras pessoas? eu e um texto que tem que ser escrito. eu e planos, metas, sonhos que só dependem de mim.

quarta-feira, maio 12, 2010

a flor da pele

a flor da pele. além da conta. os poros se abrem. a voz sai mais alta. a respiração alterna entre uma lentidão extrema e ofegante. os sentimentos por todos se diluem e misturam e mesclam, ao ponto de já não conseguir identificar que sentimentos são e por quem. a pupila dilata no quarto a meia luz. espelhos em lugares certos. músicas boas, outras suportáveis. hoje as paredes não escutam enquanto eu falo cada vez mais alto. na iminência do grito. no sussuro de uma voz alheia à mim. já não reconheço a memória. sem lembranças de algumas noites. que não se superdimensione. que não se conheça tanto. tenho tido certo medo de conhecer, de deixar conhecer. frase, relativamente, estranha pra quem se adaptou a excluir certos filtros e deixar a vida ser contada aos quatro cantos.

quarta-feira, maio 05, 2010

ela, eu...

Guardava um pedaço do corpo. Tentava sentir o rosto, ouvir a voz. A vontade era aproximar o máximo possível. Eles se encontravam. De um modo aleatório, meio descrente de relacionamento. Só se viam, deixavam as mãos juntas, falavam, sorriam. Quase choravam quando necessário, pelo menos ela. Andando sozinha por ruas mais que conhecidas, cada trecho, cada esquina, cada bar... a memória não filtra. Mantêm preso cada detalhe. Cada palavra se nutre de um sentido absurdo. Ocasionalmente na mesma mesa, ela quase se apropria desse sentimento absurdo que impregna, que invade. Parece que todo o sentido está aqui, nessas poucas horas, nesses dias que eu fico vivendo ininterruptamente até agora. O eu se mistura ao ela. Parece que fica um medo de deixar reconhecível, de ficar claro demais cada um desses sentidos que transparece por aqui. Ele se consagra no suor, nas mãos frias, no nervosismo. As vezes eu acho que ficar longe, e se manter longe, é de fato a melhor alternativa.

Os olhos se abrem ao extremo. O ouvido apurado pra ouvir qualquer um dos sussurros. O nome se prende na memória. Em qualquer lugar que vá, parece o único. Talvez a lembrança tenha de fato o poder de eternizar as coisas.

Vou deixar o corpo fingir por mim. Enquanto eu conto aos poucos e sinto forte demais. Ela era puro medo, pura entrega. Deixava a liberdade extrema se infiltrar pelos poros. Como se cada letra gritasse. Pelo som calmo demais que segue por aqui. Se deixa ficar. Estar. Vai seguindo pela calmaria, se é que possível. Se é que ainda resta tempo. Tem o corpo marcado, a vida meio diluída. Só lembra de uns fragmentos, de uns trechos. Vai preenchendo as lacunas, construindo uma vida nova. Ela não era toda feita de boas histórias. E, aqui, vai tentando pelos dias, pelas horas, pelo tempo renovar o que resta.

O tempo não é preciso. A vida não foi perfeita.

Alterna sentimentos bons e ruins. Vai sonhando mais que sentindo mas, afinal, quem pode dizer que nos sonhos não se vive, não se sente? Pressente. Supõe. Constrói. E mantêm o não querer esquecer. Fica mais forte, o corpo preso à memória. Guarda, assim, os detalhes do que é possível. Se pode sonhar outra vez, que comece agora.

segunda-feira, maio 03, 2010

lembrança

eu te guardo. como uma fotografia que eu não tenho. como uma música que eu não fiz. vou te guardando perto sempre. na cabeceira da cama, ou na própria cama pra não me deixar esquecer. quem disse que é dificil esquecer? o dificil é querer esquecer. quero uma volta mais forte. umas sensações que me lembrem alguns dos muitos dias. lembro de uns detalhes e esqueço o relevante dia que a 'história' deixou de existir.

deixo pra lembrar dele depois. fica uma possibilidade de a memória voltar quando tocar de novo. quando sentir e ouvir outra vez. eu espero. assim como guardo, uma memória que ficou mais forte. uma que me deixa contar como parte de mim. porque é. parte. todo. vivendo por si, independente da vontade e do desejo. que é mais forte agora. foi mais forte ontem.

eu não apago. não quero. não deixo. não suporto.
prefiro te ter longe, do que não te ter. não importa o que seja. pode ser uma conversa mais demorada. uma lembrança mais presente. uma declaração mutua de saudade.

é bom ouvir a voz perto. tocar o rosto. e simplesmente lembrar.

quarta-feira, abril 28, 2010

falta

como é que te tira da cabeça? como é que uma ligação não me deixa dormir? me encho de saudade. mas o tempo dela já passou. é o que parece. pelo menos é o que devia. quem disse que deixar de ver, quem disse que estar longe... torna mais fácil esquecer as pessoas? elas ficam meio 'presas' em você. com todas as lembranças guardadas, de todas as formas, guardadas. e as vezes é quase como se pudesse sentir tudo de novo.

aprendendo, novamente, a conviver com a falta.

terça-feira, abril 20, 2010

fragilidade

me pergunto de onde vem essa fragilidade repentida. esses pensamentos e mensagens enviadas durante a noite. deveria? claro que não. não faz mais sentido. nem aqui vai fazer. a não ser pra mim. quem compreende quando o olhar desfoca, quando os vultos tomam conta de uma imagem antes clara? os vultos de pessoas que podem ser conhecidas, dos que nunca vi, das conversas que se iniciam agora. dos encontros que se tenta marcar. vultos. experiências difusas. expectativas difusas. consolidando amizades talvez. criando argumentos pra alguma história que possa começar a escrever a partir de hoje. ou não. sempre a metafóra, o irônico, além do hábito. hábito de complicar de confundir. de afastar talvez. quero que se aproxime. quero que se afastem. entre uns e outros amigos, conhecidos, uns sentimentos de tempos atrás. fico entregando a vida, exposta assim. tão claro como as metafóras. tão inocente quanto as ironias. será que importa de fato as certezas que se imagina ter. os sentimentos as vezes são tão vulneráveis, que de um segundo a outro, de um olhar a outro absorvem o que não precisam e mudam. e desistem. estou nesse caminho. no início. claro que pode ser revertido, mas agora, não por mim. vou deixar os segundos guiarem algumas das minhas escolhas. deixar que eles se encontrem com os de outra pessoa. talvez a gente esbarre um no outro e nem perceba. talvez a gente odeie um ao outro e nem perceba. o amor ficou longe. e nem no meu mais absurdo desejo acredito que possa voltar.

sexta-feira, abril 16, 2010

encontros

num encontro desses. um lugar meio fechado, meio exposto. uma noite só. podiam ser tantas. fica um pedaço na memória, um pouco no gosto, no desejo, no querer sentir e tocar de novo. quem sabe. quem sabe o que pode acontecer, até mesmo em um curto intervalo de tempo. podem surgir novas pessoas. posso finalmente conseguir me despedir de algumas. posso rever uma dessas que encontrei e conheci pela vida em 40 minutos de conversa em um aeroporto, em uma cidade meio longe daqui. quem sabe. só não pretendo me deixar presa à essas expectativas e idéias que não se firmam, que não se deixam claras. tem um medo enraizado no corpo. um desejo enraizado na carne. uma sensação de que as coisas, todas elas, permaneceram inacabadas. e quanto mais fica longe, quanto mais demora pra ver, falar. a vontade aumenta. o desejo aumenta. me daria uma tarde, uma noite, uma manhã. o tempo inteiro de um dia. de uma semana. só pra trazer de volta à memória. só pra encontrar e deixar viva a sensação que tivemos juntos. não foram suficientes. preciso demais. quem não precisa? quem não quer?

uma vontade de andar pela rua de madrugada. a cidade quente. a temperatura da noite instiga. faz querer mais que descansar. um copo de uma bebida gelada. o último cigarro solto no maço. deixando que chegue às três da manhã. talvez o tempo não conte de fato tudo o que se pode viver. um mês curto. um mês longo. o tempo inteiro com a impressão que durou mais. quero segurar a mão. quero andar. quero te olhar de novo. mais de perto. mais perto. até que toque. até que os sentidos se alternem. do olhar ao tato.

são umas vontades soltas. que não se fixam em ninguém. talvez momentaneamente. talvez agora. talvez esteja claro pro mundo, pra quem me conhece, de onde o alvo se aplica. as pessoas vão sim, reconhecer a cidade. reconhecer o rosto. a voz. elas entendem.

por que agora parece me fazer mais falta? por que deixei essa história tão inacabada que agora volta quase por completo? acho que não me recupero. que não esqueço. que tudo fica meio preso em mim. os sentimentos. por todas as pessoas que já passaram. não foram tantas assim. mas essas poucas ainda não me deixam esquecer.

quinta-feira, abril 15, 2010

eu, ela...

você pode me encontrar em um lugar longe. o que importa é que me encontre. com saudade imensa. vontade de abraçar e sentir de novo. e cada vez mais forte. um olhar e pensamento fixo. quero a vida mais presa que solta, entre as minhas mãos. quero mais sonhos que certezas. mais liberdade, mais loucura. se é que é possível.

ela te quer de novo. se é que deixou de querer algum dia.

ainda ouço a voz um pouco baixa. ainda sinto a mão.

não eu, ela. ela. ela é quem te espera. ela é quem te quer. que pensa o dia inteiro. que sonha.

só preciso me convencer disso.

sexta-feira, abril 09, 2010

sentimentalismo

um sentimentalismo. como daquele da época de escola. sensações. das mais estranhas. minha vontade agora é caminhar pela praia, ver um pôr-do-sol, uma lua cheia. ler umas cartas. encontrar algum estranho pelo caminho. começar uma conversa, deixar ela inacabada.

quinta-feira, abril 08, 2010

encontrando

e essa paranóia de querer sentir as pessoas. de querer perto. um abraço mais forte. uma sensação de vazio que estagna um pouco o corpo. quero os detalhes concentrados de todos. de todas. dos de perto e dos de longe. me parece um certo egoísmo talvez. nem tanto. de escolha em escolha se forma um caminho, uma perspectiva de vida talvez. uma sensação. ou várias. o corpo pede. o coração sangra. corre um liquido meio salgado dos olhos. e quem explica de onde vem? e quem encontra o lugar certo entre as pessoas. umas tão diferentes. umas tão iguais (se é que alguém pode ser). esbarrando. encontrando. talvez uma única vez. mas não importa. fica forte. fica perto.

terça-feira, abril 06, 2010

saudade

ninguém disse que é fácil. despedidas nunca são. fica uma saudade absurda, um pouco de vazio. a sensação de que deixou um pouco de si em cada lugar, com cada pessoa. essas que são inesqueciveis. essas que vemos no máximo três vezes por ano, nesses encontros da vida, mas com o abraço cada vez mais forte. mais fiel. mais verdadeiro. acho que é a maior força que eu tenho. a vontade de ficar junto, de lutar junto. talvez tenha demorado demais pra deixar isso tão a flor da pele nos últimos dias. não consigo mais ficar longe, mas como se consegue estar em tantos lugares ao mesmo tempo? pará, piauí, paraíba, maranhão... precisaria de mais tempo. precisaria ser mais de uma pessoa, estar em vários e vários lugares ao mesmo tempo para tornar esses raros encontros suficientes. e eles nunca serão. porque alguns amores são inesgotáveis, quando se partilha essa força, essa construção, essa luta social, esse sentimento se fortalece, se amplia, se renova. com essas pessoas. e com as que estão por vir. não achei que pudesse ser mais forte, que pudesse ter mais coragem. nos surpreendemos com nossas próprias mudanças. espero ter mais dessas surpresas. espero ter mais desses dias. espero estar mais com essas pessoas. o sentir, ultrapassa o saber, o perceber... prefiro sentir. prefiro que sintam. só o sentimento traz a força necessária.

quarta-feira, março 24, 2010

sensibilidade

eu sempre acho que passou. mas aparece uma foto no canto da página, uma conversa mais curta. o tempo passa mas as coisas não se apagam. hoje eu queria apagar de vez, esquecer. uma pessoa que você não conhece, que não faz diferença encontrar. tô com uma sensibilidade estranha pra agora voltar a pensar nisso. com uma saudade estranha. com uma vontade estranha.

de verdade, acho que o que quero mesmo é mais tempo. mais cuidado. de vez em quando ficar sozinha cansa. descanso disso em casa, depois do trabalho, depois da aula, com a porta do quarto trancada.

quarta-feira, março 17, 2010

narrativas

percorrendo os caminhos da história. tentando sentir na pele. tentando construir uma narrativa linear... pra que, se nada é linear? só uma sensação de que se pode contar e escrever sobre tudo. tenho até medo do que vai restar dessas 11 páginas.

começa a edição. como é difícil apagar o que foi um parto pra escrever. =/

quarta-feira, março 10, 2010

indo

uma demora do tempo. em fase de tentativas, de sugestões. caminhando, relativamente devagar, mas sem parar...

quinta-feira, março 04, 2010

cansaço

não sei se tenho pra onde ir. nem lugares. nem pessoas. como se faz a vida quando se chega nesse limite? sem muitas conversas. sem bom dia. sem cumprimentos, sem motivos. não sei o que torna os dias bons, talvez só tenha encontrado motivos e idéias erradas. de mim. dos outros. não tenho tanta força. nem o minimo que pareço ter. de vez em quando a vida cansa. de vez em quando não se consegue andar.


se é um momento assim? que as letras digam.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

dele

queria uma parte dele de volta. uma imagem, fotografia, memória, lembrança...


...uma experiência...

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

partes

o que importava... não importa mais. em uma estranha seleção de prioridades. até que não está sendo tão difícil fazer escolhas. será que realmente fiz alguma nos últimos dias? quem sabe. posso passar os dias assim. andando mais devagar. olhando mais em torno de mim. o mais longe que der. ultrapassar a fase de olhar. chegar perto. sentir. imaginar a pessoa que posso ser. e ser. o que se faz quando os sonhos são opostos? quando suas duas possibilidades duelam. se é que são só duas. posso ser, ao mesmo tempo, pessoas tão diferentes assim? já é hora de pensar no tempo. já é hora de adiantar o que era sonho. de criar alternativas, possibilidades. de ser um pouco mais concreta. sem parar com nenhum dos sonhos. mas uma escolha se faz. pode dissipar com o tempo. pode tornar real. será que realmente ainda é cedo pra saber? espero que sim.


o tempo pode lapidar e destruir.


qualquer das coisas. qualquer das partes da vida. a gente vai se equilibrando entre as várias partes. claro que sem nenhum equilibrio, quase caindo sempre. sentindo a adrenalina de cair. sentindo o medo. e uma certa força. que não faço idéia de onde vem. será que pode mesmo ser de mim? tem um jeito de se sentir sozinha. como ninguém mais. um jeito de ser melhor e precisar de tantas pessoas por perto.


cadê a força? cadê o certo? cadê o tempo que sobra? cadê a parte de mim que aguenta firme e segue em frente? uma parte que dilacera com uma frase. frágil. será? leve. será? o rosto desfocado talvez conte minha história melhor. talvez faça mais sentido. talvez me encontre de um modo mais verdadeiro. se é que alguma parte de alguém é suficientemente verdadeira?

terça-feira, fevereiro 09, 2010

distante...

por uns dias. ou tentando ficar. metas de organização. será que alguém consegue mesmo seguir? duvido bastante de mim nessas horas. depois da tentativa quem sabe eu descubro.

quinta-feira, janeiro 28, 2010

de volta

ócio criativo? nem tanto. ócio? nem tanto. sem tantas utilidades e pretensões nos últimos dias. cheia de hábitos. dormindo às 4 da manhã. fazendo nada. mudando de canal numa limitada tv aberta. vagando entre os filmes trash de um e a pregação de outro. com uma imagem ainda por cima não tão nitida, sem surpresa considerando que a antena só tem um lado. de volta ao calor. o som do ventilador quebrado que em cada volta interrompe o sono. se é que tenho sono. até às 11 da manhã. acordo suando. naturalizando o calor da cidade no corpo. o quarto fechado, com um pouco do cheiro do cigarro impregnado no lençol, na parede, na boca. nem eu aguento mais o cheiro. a sensação. enfim. a nicotina com o café. hábito forte adquirido, principalmente, nos últimos dez dias. sem saudades da chuva, do tempo, do alagamento nos corredores da puc. nem quero imaginar o resto da cidade. vista de um modo tão limitado enquanto subia e descia as rampas pros internalos do cigarro. o fumante faz suas próprias pausas.
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enfim de volta. em uns segundos e fico mais velha. nenhuma idade peculiar, nem marcante. 23. (talvez me lembre um filme, número que vira fixação) que não vire hoje. não esperei tanto tempo no aeroporto dessa vez, conheci um cara lá. uma conversa de 40 minutos ajuda a passar o tempo. hábitos comuns definitivamente aproximam. quem mais estaria com as malas de 10 em 10 minutos na porta do aeroporto com uma garrafa de coca na mão e um cigarro na outra. uma troca de telefones, e-mails. talvez a gente se veja em olinda. ou não. quantas pessoas não vou encontrar mais? em quanto tempo?
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chego com uma nova viagem inteira planejada pra depois da formatura (se é que ela vai mesmo chegar...) brasil, bolívia... encontrar e passar por mais pessoas. que talvez não encontre mais. adapte-se. planeje-se. contenha-se. sem despedidas exageradas. meta de aprendizado. como se fosse possível. quero morar em tantas cidades ao mesmo tempo. belém. joão pessoa. piauí. curitiba. aracaju. um pouquinho em fortaleza também. talvez. =)
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enfim. do trabalho pra casa. dormir. acordar. almoçar. trabalhar. tentar escrever (...) continuações. querendo enquadrar a vida no tempo. no pouco tempo. nas pessoas. nem tantas pessoas. ainda estou numa sensação de vazio estranha. por mais que faça planos. por mais que viva algumas coisas. ainda não mudou.
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descobrindo um modo de mudar. ou fingindo que estou.
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quinta-feira, janeiro 14, 2010

...são paulo...

sexta-feira, janeiro 08, 2010

...

...talvez seja hora de preencher o vazio...

terça-feira, janeiro 05, 2010

vazia

não tenho pensado em planos. em metas. em sonhos. acordo pra dormir e durmo pra acordar. leio um pouco. sem escrever muito. não tenho visto sentido, nem futuro. acho que ninguém precisa ser otimista o tempo todo. com o que têm acontecido é difícil ser. quero ir embora mas preciso ficar.