sexta-feira, maio 18, 2007

surpresas

surpresas diárias. umas não tão boas. a simplicidade tá se escondendo atrás das portas. e certos lugares perderam a beleza. talvez seja o meu olhar sobre tudo que está sendo lapidado, e cada vez mais preciso ver de perto pra entender ou aceitar. estou outra vez parada, com as mãos presas. só vendo as pessoas passarem e querendo distâncias. pode ser que tudo o que reste seja estar aqui. talvez não precise ir muito longe por mais que queira. mas vou viver pro mundo me levar. ou pra pelo menos me deixar passar perto e sentir os cheiros, as texturas, o vento, as pessoas. e cada segundo sendo sempre como eu sonhei que fosse. como se pudesse tornar os dias mais longos. e observar cada um deles. mesmo em fotografias. e certamente ficam melhor assim. não se enchem de decepções e de desejos trágicos. a rapidez dos dias já não nos deixa sofrer. certos lugares nos esperam pra isso, pra nos deixar ficar quietos, sentindo tristezas e felicidades somente com os olhos. preciso sentir na pele, chegar perto, tocar. encosto o rosto na parede, deixo pra trás, tudo. todas as percepções, idéias, medos e toda a coragem que eu já tive. com a chance de me reinventar. de mudar. de conhecer. de conquistar tudo que existe e que espera por mim.

domingo, maio 06, 2007

[saudade]

talvez leiam ou não. será dever me importar? entra uma brecha de luz pela janela que dorme sempre aberta. dormia na cama de baixo. todos os dias às 5 ou 6 da manhã. e com tantas histórias que iam se renovando diariamente. mas os dias nos deixam. e tudo vai se apagando na memória. as imagens lindas se tornam sombras. e eu só querendo trazê-las de volta! pra que não precise de mais despedidas. o lugar traria todo o tempo, toda a força...e talvez pra felicidade, só precise estar lá.

na hora de fazer escolhas. hora de arrombar todas as portas e gritar pra ver se esperam por mim. todos os lugares me esperam. pelo menos por hoje um lugar em especial. caixas cheias de histórias. esperando por continuações. acho que as minhas mãos estão cheias de tanto, do mundo inteiro. retalhos de cartas, de trechos.

ir embora

algumas vozes tem gritado! só eu as ouço! a vontade louca de ir embora... de deixar as malas sempre prontas e sair batendo portas pra não voltar!