quinta-feira, setembro 23, 2010

superação

superação. com a clareza que não significa esquecer. 

é, claro que tem uma sensação boa de ver e não importar mais. de encontrar e não precisar fica lá do lado, esperando as reações, as atenções, que, em algum momento, foram desejadas. sensação boa de não precisar ter perto, de não precisar ouvir a voz. o desejo não é superior à essa necessidade que até pra mim sempre pareceu absurda e extrema demais. se falam e pensam qualquer coisa já nem importa. qualquer das pessoas que podem ou que eu imagino fazendo esse tipo de coisa não importam mais. 

estou no ápice de uma liberdade que não me prende. qualquer das coisas, possibilidades... pode acontecer. o passo certo é reagir sem a necessidade. se ficou um pouco de desejo, não se pode fazer nada. não imagine que é unanimidade. por mim não.

terça-feira, setembro 21, 2010

outra vez

alimenta outra vez...

deixa os olhos se encontrarem. as mãos juntarem novamente sem querer [...] quando fica parada no alto de um prédio observando a cidade as coisas parecem menores, os sentimentos parecem mais fáceis. a impressão que eu tenho é que as coisas a partir daqui vão acontecer como têm que acontecer. natural. tranquila. leve. destoante do pulso que bate cada vez mais acelerado. a essa hora as distâncias se aproximam. a essa hora o coração grita alto. chama alto. como podem as pessoas? como ousam as pessoas? imersas no silêncio e no vazio de quem finge compreender. de quem percebe com calma, mais do que é realmente necessária, esse meu limite que não nutre a superação. quer passar por cima de tudo. quando pretendia tentar novos começos, quando se aproximava de novas pessoas... quando deixava a saudade esquecida em um canto da casa, do quarto, da vida... o corpo volta a suar frio. as conversas ficam mais nervosas. o sorriso fica exposto por ver. 

chega o momento do ponto final. quando olha pro lado. quando perde a voz. quando as palavras não completam frase alguma. quando o sonho dispersa. quando desfoca as imagens e as letras. deixa a ansiedade tomar conta. escolhe o lugar. pára e deixa o corpo e o coração ficar.

segunda-feira, setembro 20, 2010

encontros

quando passa. soa uma brisa leve ao pé do ouvido. reencontra memórias tão boas que doem de alguma forma. por ser pura lembrança, por ser o que passa. andando devagar ao lado, as mãos juntas. ainda. nesse tempo que anda mais devagar, nesses dias que lapidam essas sensações falsas de proximidade e um gostar alheio. aquele que se apresenta como amigo. aquele que se preocupa como amigo. ou não? ou é pura impressão que qualquer resquicio bom de sentimento ainda reste. ela, da calma parte para uma ansiedade. uma combustão. um caos. dentro dos limites de paredes já reconhecidamente próximas da história que ousa lembrar. é da leveza que sente falta. é do cuidado que quer fugir. guarda uma parte daquilo tudo, queima e deixa o vento levar e dispersar pro mais longe. só daqui resta alguma coisa. só daqui sente alguma coisa. 

não quero que encontre. não quero que guarde. basta o tempo gasto, o sentimento disperso, a doentia sensação que, de tudo, alguma coisa ficou. 

se encontrar. esqueça cada palavra, cada ato, cada sentimento. deixa diluir por aqui o que já não faz bem.

desse lado, só posso tentar.

quinta-feira, setembro 16, 2010

guarda as contradições para si.

sexta-feira, setembro 10, 2010

procura

procura o comum. a semelhença. a identidade. olha nos olhos, nos poros e procura se reconhecer. se perceber como um. não estou procurando um encontro que marque a vida, não agora. a felicidade se dispersou por outros caminhos. e está cada vez mais perto de onde estou. vai seguindo. na lentidão do cansaço. no desespero de uma ponta de culpa. vai invandindo o corpo de leve. nas intenções que prendem as vontades guardadas, presas. melhor que fiquem assim. a concentração pede tempo. o desejo pede liberdade. que é a alma e a força de resistência de cada um desses dias, cheios, sós, lentos ou apressados demais. reencontra em um desses lugares mais que comuns um rosto conhecido, menos que isso, familiar. alguém que conheceu, trocou algumas palavras, alguns jeitos de experimentação desse espirito, as vezes falso, de ser a liberdade, o desprendimento e a casualidade em pessoa. ponto. é o que importa agora. o momento em que as coisas, e impressões erradas findam. e dão lugar a um golpe de realidade minimamente estranho. não que as reações façam sentido. não que a procura faça sentido. não que eu queira. 
|definitivamente, consegui perceber o que eu não quero|

soa alto demais. soa limitado demais. na procura de palavras dúbias. de metáforas, no momento em que se exige clareza. vai de longe. nas impressões distantes. no foco errado. caminhando devagar e ouvindo os sons do corpo à procura de estranhos. 

quinta-feira, setembro 09, 2010

deixa viver

"tem uma essência que marca e prende e liberta [...] se impregna de palavras soltas e sentimentos livres. se encolhe em si. se encontra mais longe. no lugar que ainda não conhece, no tempo que ainda não imagina. as vidas andam. assumem forças. encontram-se pelas calçadas e esquinas. dentro e fora de lugares e quartos comuns. seja perto. seja forte. seja uma semelhança e um encontro aleatório com quem nunca imaginou. a surpresa se enche e se embala em um conto estranho. daqueles que dizem pouco e muito. daqueles que mudam a vida sem fazer diferença. segue pelas contradições, pelos caminhos inesperados, pelas escolhas variantes. cheio de espinhos que furam e sugam um pouco daqui. de si. dela. do corpo. da alma. da paz. é a calma aprensentando o olhar diverso. é a raiva acompanhando a dispersão.  leve-se. eleve-se. livre-se do alheio e vai conhecer a si mesma, enquanto sente a água tocar os pés.em percurso. de escolha em escolha. de detalhe em detalhe. do caótico e gritante olhar. ao excesso de tranquilidade e equilibrio." [deixa viver]

quinta-feira, setembro 02, 2010

pessoas

quando começa a imaginar que compreende um pouco as pessoas surgem várias atitudes, palavras, fugas que demonstram o contrário. quanto mais se conhece mais dificil de entender. talvez seja melhor deixar de lado esses seres estranhos. talvez seja melhor manter aproximação com quem de fato se deixa entender. será que existe alguém assim?