quarta-feira, abril 28, 2010

falta

como é que te tira da cabeça? como é que uma ligação não me deixa dormir? me encho de saudade. mas o tempo dela já passou. é o que parece. pelo menos é o que devia. quem disse que deixar de ver, quem disse que estar longe... torna mais fácil esquecer as pessoas? elas ficam meio 'presas' em você. com todas as lembranças guardadas, de todas as formas, guardadas. e as vezes é quase como se pudesse sentir tudo de novo.

aprendendo, novamente, a conviver com a falta.

terça-feira, abril 20, 2010

fragilidade

me pergunto de onde vem essa fragilidade repentida. esses pensamentos e mensagens enviadas durante a noite. deveria? claro que não. não faz mais sentido. nem aqui vai fazer. a não ser pra mim. quem compreende quando o olhar desfoca, quando os vultos tomam conta de uma imagem antes clara? os vultos de pessoas que podem ser conhecidas, dos que nunca vi, das conversas que se iniciam agora. dos encontros que se tenta marcar. vultos. experiências difusas. expectativas difusas. consolidando amizades talvez. criando argumentos pra alguma história que possa começar a escrever a partir de hoje. ou não. sempre a metafóra, o irônico, além do hábito. hábito de complicar de confundir. de afastar talvez. quero que se aproxime. quero que se afastem. entre uns e outros amigos, conhecidos, uns sentimentos de tempos atrás. fico entregando a vida, exposta assim. tão claro como as metafóras. tão inocente quanto as ironias. será que importa de fato as certezas que se imagina ter. os sentimentos as vezes são tão vulneráveis, que de um segundo a outro, de um olhar a outro absorvem o que não precisam e mudam. e desistem. estou nesse caminho. no início. claro que pode ser revertido, mas agora, não por mim. vou deixar os segundos guiarem algumas das minhas escolhas. deixar que eles se encontrem com os de outra pessoa. talvez a gente esbarre um no outro e nem perceba. talvez a gente odeie um ao outro e nem perceba. o amor ficou longe. e nem no meu mais absurdo desejo acredito que possa voltar.

sexta-feira, abril 16, 2010

encontros

num encontro desses. um lugar meio fechado, meio exposto. uma noite só. podiam ser tantas. fica um pedaço na memória, um pouco no gosto, no desejo, no querer sentir e tocar de novo. quem sabe. quem sabe o que pode acontecer, até mesmo em um curto intervalo de tempo. podem surgir novas pessoas. posso finalmente conseguir me despedir de algumas. posso rever uma dessas que encontrei e conheci pela vida em 40 minutos de conversa em um aeroporto, em uma cidade meio longe daqui. quem sabe. só não pretendo me deixar presa à essas expectativas e idéias que não se firmam, que não se deixam claras. tem um medo enraizado no corpo. um desejo enraizado na carne. uma sensação de que as coisas, todas elas, permaneceram inacabadas. e quanto mais fica longe, quanto mais demora pra ver, falar. a vontade aumenta. o desejo aumenta. me daria uma tarde, uma noite, uma manhã. o tempo inteiro de um dia. de uma semana. só pra trazer de volta à memória. só pra encontrar e deixar viva a sensação que tivemos juntos. não foram suficientes. preciso demais. quem não precisa? quem não quer?

uma vontade de andar pela rua de madrugada. a cidade quente. a temperatura da noite instiga. faz querer mais que descansar. um copo de uma bebida gelada. o último cigarro solto no maço. deixando que chegue às três da manhã. talvez o tempo não conte de fato tudo o que se pode viver. um mês curto. um mês longo. o tempo inteiro com a impressão que durou mais. quero segurar a mão. quero andar. quero te olhar de novo. mais de perto. mais perto. até que toque. até que os sentidos se alternem. do olhar ao tato.

são umas vontades soltas. que não se fixam em ninguém. talvez momentaneamente. talvez agora. talvez esteja claro pro mundo, pra quem me conhece, de onde o alvo se aplica. as pessoas vão sim, reconhecer a cidade. reconhecer o rosto. a voz. elas entendem.

por que agora parece me fazer mais falta? por que deixei essa história tão inacabada que agora volta quase por completo? acho que não me recupero. que não esqueço. que tudo fica meio preso em mim. os sentimentos. por todas as pessoas que já passaram. não foram tantas assim. mas essas poucas ainda não me deixam esquecer.

quinta-feira, abril 15, 2010

eu, ela...

você pode me encontrar em um lugar longe. o que importa é que me encontre. com saudade imensa. vontade de abraçar e sentir de novo. e cada vez mais forte. um olhar e pensamento fixo. quero a vida mais presa que solta, entre as minhas mãos. quero mais sonhos que certezas. mais liberdade, mais loucura. se é que é possível.

ela te quer de novo. se é que deixou de querer algum dia.

ainda ouço a voz um pouco baixa. ainda sinto a mão.

não eu, ela. ela. ela é quem te espera. ela é quem te quer. que pensa o dia inteiro. que sonha.

só preciso me convencer disso.

sexta-feira, abril 09, 2010

sentimentalismo

um sentimentalismo. como daquele da época de escola. sensações. das mais estranhas. minha vontade agora é caminhar pela praia, ver um pôr-do-sol, uma lua cheia. ler umas cartas. encontrar algum estranho pelo caminho. começar uma conversa, deixar ela inacabada.

quinta-feira, abril 08, 2010

encontrando

e essa paranóia de querer sentir as pessoas. de querer perto. um abraço mais forte. uma sensação de vazio que estagna um pouco o corpo. quero os detalhes concentrados de todos. de todas. dos de perto e dos de longe. me parece um certo egoísmo talvez. nem tanto. de escolha em escolha se forma um caminho, uma perspectiva de vida talvez. uma sensação. ou várias. o corpo pede. o coração sangra. corre um liquido meio salgado dos olhos. e quem explica de onde vem? e quem encontra o lugar certo entre as pessoas. umas tão diferentes. umas tão iguais (se é que alguém pode ser). esbarrando. encontrando. talvez uma única vez. mas não importa. fica forte. fica perto.

terça-feira, abril 06, 2010

saudade

ninguém disse que é fácil. despedidas nunca são. fica uma saudade absurda, um pouco de vazio. a sensação de que deixou um pouco de si em cada lugar, com cada pessoa. essas que são inesqueciveis. essas que vemos no máximo três vezes por ano, nesses encontros da vida, mas com o abraço cada vez mais forte. mais fiel. mais verdadeiro. acho que é a maior força que eu tenho. a vontade de ficar junto, de lutar junto. talvez tenha demorado demais pra deixar isso tão a flor da pele nos últimos dias. não consigo mais ficar longe, mas como se consegue estar em tantos lugares ao mesmo tempo? pará, piauí, paraíba, maranhão... precisaria de mais tempo. precisaria ser mais de uma pessoa, estar em vários e vários lugares ao mesmo tempo para tornar esses raros encontros suficientes. e eles nunca serão. porque alguns amores são inesgotáveis, quando se partilha essa força, essa construção, essa luta social, esse sentimento se fortalece, se amplia, se renova. com essas pessoas. e com as que estão por vir. não achei que pudesse ser mais forte, que pudesse ter mais coragem. nos surpreendemos com nossas próprias mudanças. espero ter mais dessas surpresas. espero ter mais desses dias. espero estar mais com essas pessoas. o sentir, ultrapassa o saber, o perceber... prefiro sentir. prefiro que sintam. só o sentimento traz a força necessária.