terça-feira, abril 20, 2010

fragilidade

me pergunto de onde vem essa fragilidade repentida. esses pensamentos e mensagens enviadas durante a noite. deveria? claro que não. não faz mais sentido. nem aqui vai fazer. a não ser pra mim. quem compreende quando o olhar desfoca, quando os vultos tomam conta de uma imagem antes clara? os vultos de pessoas que podem ser conhecidas, dos que nunca vi, das conversas que se iniciam agora. dos encontros que se tenta marcar. vultos. experiências difusas. expectativas difusas. consolidando amizades talvez. criando argumentos pra alguma história que possa começar a escrever a partir de hoje. ou não. sempre a metafóra, o irônico, além do hábito. hábito de complicar de confundir. de afastar talvez. quero que se aproxime. quero que se afastem. entre uns e outros amigos, conhecidos, uns sentimentos de tempos atrás. fico entregando a vida, exposta assim. tão claro como as metafóras. tão inocente quanto as ironias. será que importa de fato as certezas que se imagina ter. os sentimentos as vezes são tão vulneráveis, que de um segundo a outro, de um olhar a outro absorvem o que não precisam e mudam. e desistem. estou nesse caminho. no início. claro que pode ser revertido, mas agora, não por mim. vou deixar os segundos guiarem algumas das minhas escolhas. deixar que eles se encontrem com os de outra pessoa. talvez a gente esbarre um no outro e nem perceba. talvez a gente odeie um ao outro e nem perceba. o amor ficou longe. e nem no meu mais absurdo desejo acredito que possa voltar.

Um comentário:

Rafael Ayala disse...

essa fragilidade ataca À todos nós
vez por outra
sobre esperar esbarrar alguém amado ou odiado sem saber, o negócio parece ser mesmo, como disse certa vez um grande amigo, "estou cansado de esperar pelo inesperado"

e caso os segundos te guiem, que te guiem por um bom caminho...

(complicado da gente se encontrar, né? quarta, no feriado, eu tava lá pelo icaraí e só voltei bem tarde. vamos ver os próximos acontecimentos, um café mesmo ou um desses encontros coletivos, ou quem sabe um de nossos encontros inesperados que nunca combinamos...)
beijos e abraços
=]