terça-feira, dezembro 29, 2009

distante

daqui desse décimo andar. em intervalos para um cigarro no fim da tarde. entre prédios, com uma visão meio distorcida da beira mar. me sinto mais parte da cidade. de um modo extremamente distanciado. como as coisas têm sido. distantes. das pessoas. dos lugares. procurando um lugar que não sei se tenho. precisando organizar. a vida. os pensamentos. as situações extremas e, de certo modo, erradas. quero fugir um pouco e não acho que devo me sentir mal por isso. são as escolhas que a gente faz sem querer. quando se perde o controle, quando se perde a capacidade de pensar antes.


sem deixar o corpo guiar talvez a consciência se mantenha no lugar. talvez não fique presa em mim um pouco de culpa. a capacidade de esquecer, de apagar. de controlar. preciso de tempo. preciso dormir. preciso conhecer mais do mundo pra fazer escolhas. se elas serão certas só posso deixar pra descobrir depois. deixei as pessoas um pouco de lado. me deixei um pouco de lado. o que têm me guiado? já não sei. já não sei se faz diferença saber. posso começar. longe. distante. com pessoas diferentes. ou talvez baste que eu mesma mude.


deixo pra descobrir ano que vem.

segunda-feira, dezembro 28, 2009

estou começando a acreditar que nunca aconteceu.


dias felizes. histórias novas. lembranças boas que começam a se formar.


que venha o tempo estranho de descobrir coisas novas.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

(...)

não que faça muito sentido pra mim, mas o horóscopo diz: inferno astral. será? pelo que anda não parece tanto. em alguns pontos chega a assustar. de um modo estranho. numa vida entre extremos, limites, danos. pro que eu tenho esperado, pro que eu acho, pro que parece. um jeito de apego forte e sem muito sentido. quero ficar mais tempo. sempre mais. perto. intenso. em busca. seja lá do que for. um caminho não tortuoso, não humilhante... mas no mínimo esperando sem ter. querendo, desejando. parece que perdi um pouco do que achava que tinha. que apareçam mais.


não sei o que faz alguém se apaixonar. acho estranho usar algumas palavras. amor, apaixonar, apaixonada e todas as suas ramificações. soa meio falso, meio instável demais. não falo dos outros. falo de mim. o que faz? não foi o sexo, não foi a confiança, não foi o quanto se conhece, não foi o tempo, não foi a convivência... nem tantas outras coisas, nem tantos outros quesitos que se possa considerar. em algum momento teve um olhar estranho. um jeito meu. acho que só meu. sem reciprocidade. pareceria estranho pra mim deixar ficar alguma coisa que tenha sido recíproca. enfim. teve um segundo assim. alguns. e eu olhava. parecia só querer uma pessoa. coisa estranha. mais uma. não tem uma característica que me limite. são tão diferentes. tão opostos. cada um dos que passaram. os que foram quase simultâneos na última semana. todos. não. não queria todos. não faz diferença tê-los por perto. só um. talvez o que chegou mais de surpresa. os outros foram quase previsíveis. e a previsilibilidade realmente não me instiga. não me faz desejar. nem sei se desejo. só guardo um pouco e gasto um pouco do meu tempo com uma lembrança boa, mas bem que podia ser melhor. bem que podia ter mais tempo. ter mais força. mais desejo. mais (...) claro que dá pra saber que palavra está entre parênteses. podia ter mais. se o espaço não fosse tanto. se eu não sentisse tanto que foi um momento. uns segundos. teria mais. umas visitas quem sabe. talvez. será? até semana que vem devo desejar um pouco, querer um pouco, sentir um pouco de saudade. mas passa. como têm passado.


como já passou.

terça-feira, dezembro 08, 2009

hoje

não é bom como imaginava. nenhuma sensação tão absurda assim. tentando controlar desejos, que talvez nem sejam meus.talvez não esteja imune à desejar algumas facilidades, uma história mais simples. nada de experiências normais demais por hoje. se é que avalio bem o conceito de normalidade. não acho que ninguém consiga, diferir nessa linha tão tenue o que é normal, o que é meio louco. preciso de uns dias calmos e mais longos. de mais tempo. de mais força. de escolhas mais fortes, de conseguir fincar o pé e me manter nessas escolhas. o que eu realmente gosto. para conseguir avaliar o que me faz feliz ou me mantém feliz, o que é uma busca, ao que eu me adapto.


manutenção de um estado meio sufocante, claustrofóbico. sem muitas escolhas. sem tantas janelas. que suma essa consciência, semi, de me tentar escolhar caminhos mais tranquilos, mais leves. não sou assim. ou só não quero ser. será mais fácil deixar o corpo seguir mais instintivamente? nunca fui de pensar muito antes de fazer algumas escolhas, antes de falar algumas coisas, antes de me entregar demais. com palavras e atos por vezes precipitados de um modo excessivo. mas a precipitação chega mesmo a ser um defeito? de certa forma é um modo de ser sincero, de reagir... as vezes machuca, os outros, a mim. mas hoje acho que o controle está mais em ficar longe, em deixar uma distância segura entre todos. sem que se conhceçam, sem que eu conheça, sem me deixar conhecer tanto.


fraquezas à mostra. feridas abertas. tantas e tantos. os que passam e eu deixo passar. depois de uma insistência momentânea, de um apego frágil. de uma coisa mais minha, as vezes acho que a terceira pessoa da história não importa muito, não importa tanto. e essa insistência. nele. em todos. por uma confiança que não existe, ou que era tão frágil que se diluiu. ninguém é imune. ninguém é forte o suficiente. nem tão frágil que mereça ser tão cuidado ao ponto de alguém abrir mão. não acredito, hoje, frisando o hoje, que haja uma complementação perfeita. as pessoas passam de um modo pela vida, que acreditar que substituições não existem chega a ser ingênuo demais. fica a história, as lembranças, os sonhos, umas conversas, uma vida de certa forma. algo mais importa além disso? você se apropria um pouco, deixa um pouco de si. e cada um parte pro mesmo caminho, pra caminhos opostos. só não se veem do mesmo modo. a vida passa. e só podemos nos deixar passar.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

vazio de ter um olhar calmo pro nada. dia cheio de sono. uns sonhos estranhos, que não seja nada profético eu espero.

quarta-feira, novembro 25, 2009

tentativa

talvez eu devesse ficar mais quieta. talvez fosse mais simples observar sem intervir. será que é o ideal? será que eu consigo? estou tentanto reavaliar algumas coisas. algumas atitudes. algumas omissões. tentando tocar um tipo de movimento que talvez não compreenda tanto. porque certas vezes eu me sinto frágil pra aturar uns detalhes que perseguem a vida, as pessoas. não é simples. não é calmo. é inquietante demais. e eu me aprisionando pra conseguir ficar quieta. mas sem limite. em confusão extrema. em tentativa.


estou em busca. do que se descobre pelo caminho. talvez. ou não. preciso de uma pausa. de um tempo meu. de um espaço meu. pra construir um limite. uma história. qualquer coisa.


se eu não sei se faz sentido. como posso querer que entendam? a clareza talvez, nesse caso, não seja tão extremamente necessária.


até.


um dia.


quem sabe.


ou não.


*se eu não desejo tanto. não quero fazê-lo desejar*

sexta-feira, novembro 20, 2009

...

bem que podiam ser menos previsiveis.

achei que conhecesse pessoas maismais... livres.

não que me decepcione. só não mais, super estimo ninguém.

sexta-feira, novembro 13, 2009

sexta

definitivamente mais leve. um descanso meio forçado. sono sem sonhos. vontade de dormir às dez da noite. sem motivo pra tanta exaustão. sem cansaço fisíco o suficiente. só cansada. de uns dias longe. de uns dias perto. honestamente não sei se quero me aproximar ou afastar da pessoa que ocupou minhas últimas três semanas. encontros e conversas diárias. situações que eu imaginava mais do que vivia. não sei. não sei. não imagino até que ponto isso ainda pode ser levado. talvez tenha parado na hora certa. não quero ser cuidada e (ainda) não posso cuidar de ninguém. melhor jeito de explicar, nenhuma sensação é tão plenamente descritivel. nem eu sou tão boa com as palavras pra descrever. as vezes as frases parecem sem muito nexo. sem muito jeito de quem tenta explicar. elas me constroem de alguma forma. elas olham e contam a vida pra mim. só descubro o texto depois de pôr o ponto final e começar a leitura. não páro tanto. não penso tanto. as mãos fluem sobre o teclado ou com lápis, caneta, papel. só fluem. tentando ser apressado, tentando acompanhar os segundos. os tempos. os detalhes que se encontra sem perceber claramente.


vou caminhar de um lugar à outro pela praia de iracema. encontrar uma amiga. ouvir músicas o resto da noite. em um lugar cheio. entre vários conhecidos, uns poucos amigos. e mais estranhos. não sei se estou disposta. mas fico sempre nessa tentativa. de achar que podia ter sido bom. que pode ser. melhor me arriscar.

quinta-feira, novembro 12, 2009

quinta

tem uns espaços livres nos últimos dias. um tempo estranho, um estado de espera. meio solta e leve demais. nem sabia que conseguia ser assim. não sei se doí mais encontrar ou perder as pessoas pela vida. as sensações diferentes que quase se fundem nas meras tentativas. nos espaços vagos. nos dias longos e lentos demais. encontra uns sotaques pela noite. reconhece pessoas e situações que não conseguia lembrar. tenta fazer diferente. mais distante. quanto mais tenta se distanciar mais aproxima. voltando. sons, sotaques, vozes, conversas diferentes. que eu teria talvez. ou que tive, será? um jeito de aproximar-se dos desejos que sente. de todos os planos e metas e sonhos (daqueles que acontecem) aos poucos. vai conhecendo. encontrando pessoas que fazem e vivem do que quer fazer. treinando uma espécie de futuro, uma espécie de história. quando confundir sua vida com a de outro. talvez comece a sentir falta de mim. das independências e confusões que são minhas. não que me guie por horoscopos da vida, mas não fui calma, tranquila e amena como deveria. hoje falei alto, discuti, tive raiva, tive medo. adiei algumas coisas. a sexta é mais tranquila. mais leve pra se levar.

terça-feira, novembro 10, 2009

espera

um encontro tardio. e por todas os seus detalhes precipitados. como tudo têm sido sempre. precipitação. um sentimento não tão claro, não tão fácil de aceitar. umas sensações. como falei para alguém em algumas dessas conversas, a recorrência faz esperar, faz achar que existe alguma coisa. quando, na verdade, não faz tanta diferença assim pra mim. só mais uma coisa que começa, que termina. melhor. mais simples. mais tempo vivendo sóbria, tranquila. numa quietude desejada e difícil de chegar. quero encontrar um caminho diferente. nada dessas pessoas tão fáceis de encontrar e conhecer.

hora de esperar um certo encontro. sem frustrações se não acontecer. mas de certo modo feliz, até pela simples espera.

quarta-feira, novembro 04, 2009

quando começa

a gente conhece umas pessoas, umas sensações tão...diferentes pela vida, que fica tentando entender o sentido de querer perto. um jeito simples demais de conhecer. um jeito simples demais de ficar perto. pra quem costuma cultuar a loucura é no minimo estranho, no minimo leve demais pra suportar.

e passa.

enquanto o passado volta de algum jeito.

quinta-feira, outubro 22, 2009

ligação

um pouco de tempo. e as coisas fingem passar. mas voltam de um modo absurdamente exagerado. enquanto fala ao telefone, enquanto lembra. vai pensando no quanto essa memórias foi boa de ser construída. é estranho como se gosta das pessoas. como se começa. como se mantêm. conheci algumas pela vida, talvez numa quantidade maior no último ano, de janeiro pra cá, de uma mudança pra cá, de um rompimento pra cá. rompimento não tão explicito, sem o ódio, a repugnância necessárias pra esquecer. foi ficando. fica. está. claro que de um modo diferente, mais claro, mais longe, mais aceitável. mas está. é bom pensar nas pessoas. imaginar as situações. sonhar um pouco. mais acordada claro. desejando. hoje, a voz foi mais calma. o falar pareceu mais sincero, mais calmo, sem cobrança, sem nenhum desejo aburso demais. só queria ouvir. só queria o tempo. só queria ficar mais instantes nesse fio. nessa conversa. nesse jeito de gostar. diferente, sim. mas que continua. não é mais tão extremo, tão exagerado. a vida, de vez em quando, só de vez em quando aprende a ser calma.

segunda-feira, outubro 19, 2009

escolhas

é um momento de escolha. de umas definições que precisam ser feitas. de repente, o tempo passa. de repente as pessoas somem. a vida toma rumos estranhos. você se descobre, se lapida. ou tenta. na verdade tudo é mais uma questão de tentativa. eu tento. não sei extamente o que tenho tentado, ou pior, o que espero conseguir. todas as possibilidades, as mais estranhas, mais diferentes, mais imprevisiveis, todas são possíveis. posso terminar ou não. posso começar ou não. posso ir pelo caminho, aparentemente, mais fácil. mas, afinal, quem define o que de fato é uma facilidade? você se rodeia de caminhos, de possibilidades, de pessoas que tem levam a lugares diferentes, de conversas que não imaginou que teria, se rodeia de coisas tao distintas, tão distantes... que por mais que o caminho seja complicado, dificil e longo. aquele momento ali, parada, diante das possibilidades é o que machuca mais. talvez eu não saiba fazer escolhas. na verdade, não é uma questão de saber, só não consigo. só fico meio neutra demais. com as possibilidades dispostas. com as pessoas me esperando. várias. em lados e situações diferentes. e eu, só, não consigo. do modo mais simples, mais puro, não consigo escolher. que filme ver? que música ouvir? com quem sair? ir pra casa ou não? acabo dando voltas pela cidade dentro de um ônibus prolongando o momento de escolha. adiando. deixando o tempo passar. até que a hora me leva por conta dela. o dia termina e um pouco da vida passou. comigo, com a chance de escolher nas mãos. com as possibilidades sendo assistidas enquanto olha a rua passsando pela janela.

por enquanto é só.

enquanto o caminho me tenta. enquanto vontade me tenta. e o medo, e a coragem. não me deixa escolher.

nostalgia

nunca achei que fosse realmente ficar feliz em deixar as coisas passarem. e muitas passaram. um de cada lugar, um de cada fase. sairam de mim e levantaram vôo alto. pra longe. cada vez mais. e não me sinto mal assim. as coisas mudam. eu também tenho que mudar. tenho uma nostalgia estranha. uma vontade estranha que ver outra vez, falar outra vez. não tem nenhuma parte em mim tão consciente que entenda que as semalhanças não estagnam. talvez não consiga passar mais tempo conversando com nenhum deles, ouvindo, falando. talvez não faça sentido querer isso. quando se deve mudar. até as pessoas, não todas, não em todos os sentidos, passam. ficam bem mais na memória que na vida. umas não tem como esquecer. não se quer esquecer. espero que lembrem. como as vezes, nem eu, consigo lembrar.

quinta-feira, outubro 15, 2009

extremos

se encontrar o caminho, fala pra mim. olha pra mim. e finge, até me fazer acreditar. as vezes as pessoas vivem das esperanças em que acreditam. e são felizes, nem todos os sonhos precisam ser realizados para fazer a felicidade ser por eles. e ela é. você conta pra mim, minuciosamente, como foi o dia. como foi a noite. encontra comigo, e em cada fragmento de tempo despeja um pouco do que viveu e sentiu quando esteve longe. as vezes sufoca, nos impede de viver juntos qualquer coisa. e eu, ouço. com atenção. com desespero. com pressa, com vontade de ir embora. de ir contar um pouco de mim pra quem escute um pouco, não fale tanto. um dia eu encontro num pedaço de mim. essa vida que viveram e contaram. sem reproduzir. mas quero contar também. o dia não foi calmo, nem tão harmonioso quanto o horoscopo dizia. talvez eu sempre espere mais. mais de mim. mais dos outros. mais do tempo. mais.

não é fácil aprender a viver de um modo equilibrado. vai sempre andando pelos extremos. ou fala baixo demais, ou grita. ou fala demais, ou não fala. ou conta, ou deixa contar.

quarta-feira, outubro 14, 2009

amor


pisa em falso. o coração comete a loucura de querer acreditar num troço chamado amor. que nome mais sem sentido por sinal, é o que serve para todos, mas ao mesmo tempo, tem um medo de ser dito. é um jeito meio leve demais de se deixar flutuar. sob tantas sensações estranhas, um calor e frio juntos. o braço arrepiado. o corpo arrepiado. de uns desejos fortes e profundos demais. quem quiser que me conte suas próprias experiências, eu só tento escrever as minhas. do modo menos claro. menos certo. menos calmo.é uma sensação urgente, apressada, forte que rompe com toda a delicadeza, calma e cuidado que as pessoas fingem que precisa ter. ah...mas não têm. é lindo. o amor é de uma beleza pura demais.o que falta às pessoas é compreender o sentido da pureza, não é de se filtrar, se controlar, se guardar demais. é de se deixar sentir. se deixar amar. é a sinceridade do desejo, da loucura que contam todas as histórias de amor. pelo menos as que valem ser ouvidas, ser vividas. transbordando, do que talvez não tenha desejado, mas se deixou sentir.os reflexos podem ser diferentes. um, o que é. outro, o que quer ser. mas sentem, talvez não igual, mas sentem. as gotas leves. a areia no chão. não se vive de um amor preso às pessoas. a vida se abre e enche o mundo, sem barreiras, de amor. sem restrições, sem limites. de puros sonhos e desejos.

imagem:

http://www.flickr.com/photos/mardesmiolada/2020979197/

olhos nos olhos (chico buarque)

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mas nem porque
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
'Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz

terça-feira, outubro 13, 2009

outra, outro

melhor contar tudo na cara. soltar de vez. sem fingir que não sentiu nada, que não escutou nada. ninguém aguenta tudo calada. eu não. por mais estranho que seja melhor abrir tudo e perder de vez. do que ficar numa tentativa falsa de que as coisas vão dar certo. nem tudo dá. talvez um passo pra felicidade seja admitir e aceitar essas coisas.
que seja claro. o que é um obstaculo afinal? ser a outra, ser o outro? nesse sentido talvez não haja obstaculo... prefiro e preciso de um pouco (ou muito, talvez excessivamente) de umas histórias de nelson rodrigues na minha vida. se eu não sou a garota perfeita, se eu não sou a ideal... melhor fazer tudo o que me dá vontade sem preocupação nenhuma, sem esconder nada. não sei do que eu posso precisar na vida pra ser feliz. ainda não sei. mas não acredito que seja ter uma vida amena e tranquila e calma e pura. tá mais pro caos, pra loucura, pro desejo, ou melhor, pra satisfação dos desejos. a paixão talvez seja mais importante que o amor. ou talvez seja um complemento dele. sem desejo, sem um pouco de medo, de ciúme... nenhum sentimento resiste.


o que eu tô tentando fazer? o que eu tô tentando fingir?


um dia isso se explica.


=)

quinta-feira, outubro 08, 2009

(...)

"Queria tanto que alguém me amasse por alguma coisa que escrevi". (Caio Fernando de Abreu)

também queria. =)

terça-feira, outubro 06, 2009

situação

tô começando a sentir o que a vida faz. começando a perceber e entender melhor as necessidades. o que posso fazer agora? pela primeira vez estou fazendo o que está ao meu alcance. talvez até além. não consigo mais achar que depende só de mim. e não tenho idéia do que posso fazer. dessistir agora? deixar passar? tentar outra coisa? começar de novo? o que e como ? sem idéias. talvez amanhã acorde com novas idéias, metas, perspectivas. talvez eu decida arriscar tudo de vez. tentar ir embora. tentar começar. fazer o que eu quis. o que eu quero. ter uma fresta de felicidade diante de mim. todo mundo tem um dia ruim (vários dias ruins). não dá pra acordar bem todo dia. abrir a janela e achar o dia lindo nem sempre é fácil. e talvez (ou com certeza) não deva ser. pelo menos tenho pensado nas decisões que preciso tomar. aceitando que cada um faz por si. que a vida continua com a distância de quem você achou que era pra sempre. que as escolhas, que o caminho pode ser penoso, dificil, cansativo. mas que, em alguns momentos, eles fazem valer qualquer dificuldade de antes. que eles marcam todo o esforço, todo o trabalho que teve. é o caminho que te faz enfrentar. e parece que chegou minha hora de aprender, de enfrentar. de ir em frente. de alguma forma, ainda não sei como, só sei que vou. por incrível que pareça ando bem feliz. bem mais segura. por mais que a situação me trave um pouco, bastante. não acredito mais em modelos feitos de felicidade, posso fazer tantas coisas, viver de tantas coisas. vou construindo isso no caminho. nunca é tarde pra mudar.

se é pra ser uma conversa.

até mais.

sexta-feira, outubro 02, 2009

tentando dar espaço pra dias felizes. ou, no minimo, divertidos.

quarta-feira, setembro 30, 2009

ah não. justificativas não. por que não fala logo na cara? fala mais alto. ou melhor, escreve em caixa alta. tudo é melhor. foda-se se é clichê, mas sinceridade acima de tudo. acima de você pelo menos. honestamente, de um modo estranho, não sei pra quem se direciona isso. se alguém se sentir atingido, sinta-se a vontade pra falar alto, pra xingar. ando precisando mexer a vida um pouco. discussões ou declarações, qualquer coisa é melhor do que esse estado neutro demais.

segunda-feira, setembro 28, 2009

tarde

Quando a gente se encontrar talvez seja tarde. Tenho imaginado tantas possibilidades pra deixar a vida seguir. Tenho até me visto feliz. Com uma sensação boa de que as coisas podem dar certo. De algum forma, em algum lugar.

sexta-feira, setembro 25, 2009

...

será que já mudei de idéia? talvez...quem se importa com isso. só eu escrevo, só eu leio. essa história de blogs as vezes perde o sentido pra mim, é um espaço fragmentado demais, não que eu tenha alguma coisa contra fragmentos... de vez em quando fico tentando lembrar de alguma coisa que li, em algum lugar, site, blog...quase sempre não lembro. será que sempre fica um pouco de cada pessoa perdido na memória de alguém, uma frase, uma palavra, um sentimento... umas dessas coisas que vê e sente e não lembra de onde, de quando, de quem. até que já tentei ser mais sucinta, limitar a quantidade de caracteres por força. não parece mais cômodo pra mim, a vida vai se enrolando em várias linhas, as vezes, linhas demais. mas se só eu leio, não vem ao caso agora. hoje tava olhando um blog desses perdidos por aí, as vezes, só as vezes, não vejo muito sentido em filtrar tanto um blog, sem comentários, sem pessoas que possam ler. parece meio sem sentido construir um espaço assim. entra a contradição quando assumo que tenho um desses, com um nome que hoje acho até mais criativo que esse, 'ao reflexo', daqui a pouco enjôo desse também e faço outro. porque, afinal, a vida é cíclica, mutável, um dia você gosta outro não, um dia você escreve outro não, um dia você é feliz outro não e assim por diante. hoje é um dia estranho. acho que poderia passar a noite escrevendo, viajando, abrindo mais espaço nessa janela que limita o texto. mas é melhor parar, continuar pode até me fazer desistir daqui. desse espaço meu e meu. se mais alguém freqüenta vez ou outra eu esqueço ou não sei.

quarta-feira, setembro 23, 2009

vontade

não me conta as histórias antigas. algumas pessoas passam rápido demais. e do nada um contato mínimo vai se intensificando: recado, e-mail, ligação... começa a sentir saudade. começa a sentir vontade. queria pegar um avião e ir a salvador hoje. não lembro de ter sentido uma vontade tão merecida de ir a algum lugar. de ver alguém. até a saudade hoje parece um elemento a ser construído pela vida. nos últimos dias, to tentando cumprir obrigações. trazer algumas pessoas de volta. viver a minha vida mais do que a das idéias, dos desejos, das utopias, dos sonhos... ter os pés no chão pode me aproximar mais do que eu quero. estou começando a vislumbrar possibilidades, fatos, sentimentos mais bonitos e mais sinceros do que qualquer um que já tenha tido.
se a vontade aumentar. tem um feriado chegando. um lugar pra ficar. e alguém que eu quero mais que ver.
pode até parecer, mas não sou tão realista assim, nem quero ser. preciso pular do muro do que ficar no chão. pelo menos por instantes se tem a chance de ver do alto. mas continuar lá. como se continua? sem saltos arriscados, sem ficar parado... vai pensando nas formas de escalar mais alto, de cada vez subir um pouco mais, pode cair. mas levanta. sobe. continua.

segunda-feira, setembro 21, 2009

vicios

ah. anda descobrindo uns medos da sinceridade. uns medos dos delírios que os vícios provocam. anda se entregando demais à eles. talvez qualquer um que esteja por aqui já tenha visto, sentido, ou vivido comigo um pouco disso. será que é melhor tentar controlar o caos? tenho percebido que as minhas maiores admirações são por pessoas tão estranhas, que cada ação mais sem noção que eu cometa, acaba sendo puramente normal. talvez cada um se encontre de um modo individual, com suas especificidades. se encontrando com a própria personalidade, sua, do outro, do amigo, da pessoa com quem passa noite. se encontrando, se mesclando. quanto mais pessoas por perto, quanto mais vezes se entrega e talvez pra pessoas diferentes (nem sempre), as vezes exageradamente, quanto mais faz isso, mais sente prazer em ficar num canto lendo, ouvindo uma música meio triste, meio melancólica demais. passa a sentir mais prazer em sentar em algum lugar e escrever coisas do dia, dos sentimentos, das frustrações. ou pelo menos tentar. li em algum lugar essa semana, não lembro onde, alguma coisa do caio fernando de abreu, uma carta, um conto, uma crônica... não lembro e talvez não importe. a literatura, assim como qualquer carta, entrevista ou depoimento está impregnada de verdade, enfim.. li, claro que não são exatamente essas palavras mas... é como se estivesse vendo tudo de uma janela, assistindo a vida e não conseguindo viver. não consigo abraçar, falar, ficar perto, jogo a vida e as sensações no que ando escrevendo, como se a vida fosse uma página, uma tela, uma miragem, visão de uma janela. imagina tanto, cria tantos diálogos, conhece tantas pessoas assim, que parece que viveu.

talvez pra memória baste lembrar. a vida editada, pelo que vale a pena. pelo que quer.

quarta-feira, setembro 16, 2009

(...)

passado... é onde tenta afundar o corpo quando se joga na cama. deixa o colchão ser moldado pelo corpo onde passa o dia. passa o tempo assim, no colchão, no corpo... e não há quem interfira, telefones desligados, portas trancadas, tudo o que precisa é lembrar. ele que vá embora. já deixou tudo, todos os dias já pertencem a ela. a voz, o rosto já estão fixos, a presença se torna desnecessária. é essa a alice do reflexo, de olhos inchados cansados de tanto dormir. é pra ela que canta, pra ela que escreve. é o que a faz lembrar. o papel gasto se perde, os sonhos não. e sonha o passado. vai lapidando os dias enquanto se olha no espelho. veste as melhores roupas, arruma o cabelo, tem unhas e boca vermelhas. dentro do quarto, pelo reflexo, deixa a memória lhe fazer companhia. abraça, mexe no cabelo, ouve a voz dele em uma longa conversa, a noite chega, a madrugada adentro... e vai sorrindo pela boca, pelos olhos. até que dorme, com o cheiro guardado, com o corpo guardado moldando o colchão enquanto amanhece. e é dessas manhãs... mais bonitas que outras... mais felizes que outras... no sonho acordado em que se permite viver.

pode dispor de tempo, pode pensar a vida... talvez esteja no caminho errado. será que tenho que esperar concluir pra perceber o erro? tudo pode compensar o tempo gasto, as pessoas, as experiências. os detalhes que se pode escolher enquanto anda pela rua.

até um dia qualquer. num encontro marcado e remarcado que talvez demore a vida pra acontecer.

quinta-feira, setembro 10, 2009

olhar

sempre há um olhar disposto a ser encontrado pela rua. e se procure ao redor dele, ao redor de mim. ande com firmeza e com cuidado. porque o medo certas vezes alimenta a segurança. mas o que importa mais? segurança ou vida? hoje não estou nos melhores dias. calor e barulho angustiantes. quando se der conta vai perceber que está no lugar errado. porque a porta certa é a minha... quando não precisa bater ou esperar porque não tenho sonho e as noites claras demais me lembram você.
[certas 'coisas', afinal, me parecem irrecuperáveis. fica agora pelo menos a consciência do dever de deixar as 'coisas' passarem. quando estão sozinhos, sinto os sentimentos como 'coisas' inertes, que atrapalham o caminho, que te fazem cair. não que as pessoas se tornem assim, mas até que passe prefiro ficar longe. talvez nunca passe. talvez não precise vê-los mais]
porque ficar sozinha em casa alimenta paranóias. casa de muro baixo; portas, janelas e pisos escuros. deixando a luz e a tv ligadas como companhia. o silêncio ao mesmo tempo que acalma força a solidão a se mostrar. a música ao fundo traz o diálogo necessário. partes de histórias minhas presas em faces de folhas e cadernos dispersos. se quer pôr ondem, desista. a vida só vale desordenada.
[me reservo o direito às contradições]

terça-feira, setembro 01, 2009

algumas manhãs são mais bonitas que outras, mais felizes que outras. por certo hoje não foi uma delas. alice fica procurando se encontrar em outro. deixou de viver um dia por vez, deixou de olhar o céu pela janela, deixou de sentir força. quando o presente só se nutre pela memória a vida cansa. a vista cansa de ler cartas antigas, de ver fotos velhas. do baú onde guarda as lembranças parte pra tela clara demais do computador... pra tentar contar uma história repetitiva e estagnada. quem disse que não se "vive" do passado? ela discorda. vez ou outra repete os dias. tenta revivê-los, reconstroi atitudes e conversas. mudam as pessoas, as lembranças não.

(...)

quarta-feira, agosto 26, 2009

tem uma história guardada. uma dessas que se espera que aconteça um dia, que se reza pra acontecer. porque tem uma beleza estranha, porque faz feliz. o que importava afinal era olhar. ouvir. falar.

sábado, agosto 08, 2009

porque não se contam os amigos. uns que passam segurança, conforto, uns que me fazem rir, rindo junto e sempre. em todos os dias, mesmo os piores, mesmo quando o tempo não passa. você olha no relógio e foram-se umas cinco horas, de conversas, de um tempo bom. e feliz. os próximos cinco minutos se arrastam. se perdem. você olha pros lados e é bom ver mãos estendidas, e é bom reconhecer as pessoas. me sinto confortável, e apesar dos pesares, quase feliz. uns vão. outros ficam. começa uma história nova. que não imagino como vai ser. mas não vou sozinha.

quinta-feira, agosto 06, 2009

nos vemos em um próximo encontro. talvez só agora eu tenha conseguido entender o que é levantar uma bandeira. mais que levantar, segurar junto. e lutar junto. entre encontros, vivências, pessoas... pelo que nos une. mais forte agora. mas desde sempre. não se descobre ou se identifica com uma luta do nada. certas coisas já estavam plantadas. esperando até hoje, entre os dias 24 e 31 de julho, pra renovar e fazer crescer essa identidade em tantas pessoas, que vestidas de amarelo andavam pelas ruas, pelos blocos.

segunda-feira, maio 25, 2009

quem precisa de clareza? dê muitas voltas. vai percorrendo o caminho bem devagar. entregue às sensações… do tato, do cheiro, do gosto, do ouvir… sente gostar pelos minimos detalhes. por um pedaço do corpo, um pouco do som da voz, pelo cheiro. posso contar por mim, por você. eu sonharia, com cada um dos dias que passaram. com os que ainda vão vir. fale comigo quando quiser. estou quase esperando por isso. talvez esse seja o motivo que tem feito o tempo passar tão devagar. resta um certo encontro de olhares. um trocar de sorrisos. será que é só? parece que sim. sem mais esperanças por esses últimos dias.

terça-feira, maio 05, 2009

não se abandona nada completamente...

domingo, abril 12, 2009

ela disse: quando fecho os olhos não vejo, só tento ouvir. o melhor agora é não reconhecer a voz. em alguns momentos a distração ajuda. você não sente mais os toques leves, nem percebe a mão encostar. tento todas as noites só ouvir e ter a cada fechar de olhos uma nova sensação. quem sabe dessa vez eu não vá para o canto... quem sabe dessa vez eu não desvie, me permita.
ele disse: sem tantas permissões. sem tantos desejos. assisto a maçaneta girar devagar. já sem tantas precipitações, já não correr para porta. finge não ver. fingi não ouvir. se anula um pouco. fica só. se permitindo pros outros, não pra você. quando se sacia um desejo ele talvez renasça diferente.
e com suas opiniões, sensações e desejos diferentes. não conseguem ficar longe. toca a mão dela. encosta no ombro. mexe nos cabelos. se deixa ficar. perde a imunidade, perde a proteção. se deixa a flor da pele. pra cada sensação nova, pra cada continuação que surja. de uma imagem em preto e branco a cor surge. a cor é quase a respiração da vida. sem cor o tempo não passa. sem a cor não se tem vida e sem vida não se tem porque respirar. com a cor tudo é superado, em algum momento se vê uma especie de arco iris que prevê dias mais felizes.
: cigarra e borboleta.

segunda-feira, abril 06, 2009

tentando escrever. tentando organizar a vida, as idéias. mas as vezes o tempo me parece pouco, os dias me parecem rápidos, curtos, tanto que minam tantas e tantas possibilidades. pavio curto. explosiva. e jogo a culpa toda nesse desejo absurdo de liberdade. de realizar sonhos. cheia deles. as vezes por coisas mais práticas, as vezes por coisas mais sentimentais. quem precisa fazer sentido? os segundos me mudam. mudo de idéia. quando percebo e penso nas coisas, elas já passaram, já fiz, já falei, já gritei alto. já fui absurdamente precipitada. mas quem disse que isso precisa ser ruim? se não me querem perto assim, talvez não sejam as pessoas que precisam estar perto. no mais. sou feita de pedaços de coisas, de recortes, de fragmentos, de reflexos do mundo. de sentimentos, de idéias, ideais, metaforas, clichês. junta mais um pouco das frases de clarice, de vinicius... das músicas de chico, tom, toquinho, gonzaquinha, beto guedes, belchior... dos filmes da vida. das imagens da vida. dos segundos que passam rápido, dos que passam devagar. é pela contradição. pelo complexo que se pode definir, ou melhor, não definir a vida de alguém. ninguém se conhece o suficiente, é imparcial o suficiente... e todos tentam. pelo menos pensar sobre isso ajuda a pensar na vida, a se questionar, a se transformar... vivendo por aí, uma essência. uma idéia de alguém. quem sabe um personagem criado, que vive andando pelas ruas. dias de liberdade. de viagens. de imagens...entre as coisas que se ama...entre as coisas que se quer...o gostar é o que faz ser...entre as coisas que gosta se modela a personalidade...então talvez eu possa ser poesias, metaforas, imagens, livros e discos...assim...sendo...

mudança

pode me olhar com calma. vai conhecendo aos poucos. nenhuma repulsa é tão imediata. nenhuma saudade é tão intensa. nenhum amor é tão...único. deviamos simplesmente deixar o tempo passar. que nenhum orgulho mate o arrependimento. deixando que as mãos fiquem juntas. olhando e se deixando olhar. os rostos bem perto. o sorriso compartilhado. vamos ser juntos. eu ainda posso esperar.
{01/02/09}
não vamos ser. que o tempo passe. já não posso e não quero esperar.

andando pelo tempo

desde ontem quando até as rosas murcharam, deixando cair cada petala aos meus pés. chorava com elas. na noite em que até eu consegui dormir. depois de ver as estrelas sumirem. sentindo o vento, de olhos fechados, quase podendo me levar. nos meus sonhos ou instantes, nos meus segundos longos. com uma luz que não me traz nada. rasgando petalas e folhas. pela primeira vez os gritos não eram meus. alguém me viu de longe, de um telhado escuro. e não pude mais fingir. não importam os sentimentos? não importam os sonhos? ::: ...só começo... só consigo pensar nas rosas que eu não tive. em tudo, que talvez o tempo me impeça de ter. as notas inacabadas, os sonhos dispersos, vazios... quem precisa me entender? ::: me olhou por segundos. deteve os sentidos e pareceu mesmo fingir. ::: sinto muito mas só falei as coisas certas. queira que os meus dias sejam felizes. mesmo longe. não percebo ausência...nem medo nenhum. ::: eu teria esperanças. nada como sonhar. é o que nos mantêm felizes e à salvo.

{2005}

ao reflexo

(...) poder falar e dançar a vontade (...) que o amanhã venha sem eu sentir. só sendo. só tentando ser. só livre. aberta e livre pro mundo. pra mim (...) que amanhã eu acorde com a mesma vontade e com a mesma possibilidade de só deixar a vida ir. que pelo menos minha semana seja assim. interna. só. e livre. (...) quem sabe?! hoje, honestamente, nenhuma compreensão é plenamente certa, não pode ser, pelo menos por enquanto. quem sabe com o tempo as dúvidas virem certezas. ou não. (...) algumas coisas a gente só pode sentir quando está sozinha.

(...) a vida é um sonho. nunca se está plenamente acordado. você está pensando e imaginando coisas, e criando situações, pensando nos diálogos que só eu vivo. sozinha na minha cama antes de dormir. todas as noites. eu vivo. com pessoas que ainda nem conheci. vivo com o que pode ser o futuro. as pessoas não fazem muito sentido. (...) um dia eu encontro alguma resposta. mas a vida é um sonho. e eu nem sei quando de fato estou acordada. (...) por uma coisa ou outra as pessoas são feitas pra serem conhecidas, admiradas, pra gostar, pra que gostem. todas as relações nutrem amor. e são amores lindos. os que passam. os que ficam. os que se transformam. eles existem, existiram. e na memória fica pra sempre alguma imagem disso tudo. mesmo que a minha falhe. ainda vai existir um pouco do mundo pra me lembrar.
entre 06/02 e 06/03

segunda-feira, março 09, 2009

a flor da pele

não é de todo mal esses desejos últimos. iniciam ao começo do dia. persistem no acordar, no dormir. mantenho os olhos abertos pelo maior tempo possível. olho, toco, sinto... enquanto tento fazer sentir. e será que sente? me achava capaz de perceber esses pequenos detalhes. me achava capaz de me redefinir. agora já não me percebo tão forte, tão confiante. a leveza talvez esteja em perceber nossos pequenos medos. só percebendo se pode avançar. se as sensações instantâneas me fazem feliz, quero mais é vivê-las. que importa se as pessoas me olham? se falam? a vida tem mais é que ser sentida a flor da pele. pelos sambas da vida. pelos amores da vida. por todos eles.

[12/02/09]

a história se mantêm nas reticências. abre aspas pra fala do outro. cita a vida conjunta mesmo enquanto ela se desfaz. estou perseguindo a minha idéia de volta. não que isso seja bom. não que me faça bem. mas é em sonho.
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pode me olhar de perto ou longe. já nem sinto a brisa do vento com o rosto tão perto. nem tudo pode ser dito. então eu guardo o que é de verdade, o que passou a fazer parte só de mim. porque o "nós" diluiu. porque o "nós" anda meio perdido nessa mínima distância.
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foi em tempo de me deixar conhecer. eu fui conhecida. até não sobrar pra viver só.

[31/01/09]

falem comigo. me deixem falar. será que deveria ter medo das minhas precipitações?!
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tem uma parte paranóica. um certo trauma. normal. comum. quem (sinceramente) não mudaria uma parte ou outra? alguém sem manias, sem defeitos, sem desejos estranhos...não deve ser realmente uma pessoa. e como eu sou...então...esqueça!
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[23/10/08]

misturas. dessas incompativeis. talvez em algumas situações os opostos realmente se atraiam. ou mudamos tanto assim? já sem reconhecer ninguém nesses soltos e amplos espaçoes que frequentamos. será que são realmente amplos?
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tem uma loucura absolutamente normal em mim.
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não é de todo mal. ou talvez seja. quem pode saber? viva e descubra! quer conselho melhor?!

terça-feira, fevereiro 24, 2009

asas

por esses dias tenho observado de longe a vida. como um peso nas mãos, que tenta imitar uma caneta que corre à distancia por várias histórias. passou horas... sentada diante do mundo, daquela janela vermelha aberta...um quadro de rua deserta e céu lindo. pairava uma imagem resistente, cheia de declarações, com medo, com gritos e versos presos na garganta. e tentou pular. acreditando ter asas. daquelas que tranpõem qualquer muro, qualquer medo. como se andasse numa estrada feita pros seus pés, com braços esperando pra segurá-la. talvez em algum momento... a sua história, o seu menino...aquele que corria de pés descalços, que via asas nas costas e pulava de tão alto, a puxassse pela mão outra vez. de uma forma tão simples, que bastava que a olhasse, bastava perceber aquele frágil olhar preso à ela ...como se olha pro mar...com fascinação, com desejos, por vezes com pudores, com amor... daquele frágil, que quebra com uma onda mais forte, que faz gritar insultos, que brande arrependimentos, daquele masi perfeito amor humano. não queria ser puxada pelas asas talvez. mas será que essa simplicidade de amor....não a deixaria somente observando na beira da duna, no alto...com asas nas costas...cortadas ou não. mas que a mantinham no chão. queria subir o mais alto... queria o mundo visto das alturas...queria o vento no rosto, a leveza... queria sua essência de volta. mas parece acostumar-se à vida vista pela janela vermelha da sala...o menino ainda dormindo! queria sentir o frescor da manhã sozinha... como se restaurasse o seu vôo... como se de uma caixa vazia fizesse brotar todos os seus sonhos guardados. não ouviria sequer um grito. a felicidade só a fazia explodir em sorrisos. tirou a caixa do armário velho. vestiu aquele vestido de menina...pôs uma flor do cabelo. e pela janela vermelha. daquele seu décimo andar. foi voar, com suas asas, com seus sonhos, pela última vez.
[27/02/2007]
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[continuação]
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ela lembrava da sua janela vermelha. nem sempre se dá conta de quanto tempo passou, mas seu rosto ainda está preso num porta-retrato da sala. pra algumas pessoas os sentimentos não passam. quando a vida é colorida a memória, a lembrançaé mais forte que o tempo. na exata hora em que a menina foi voar uma porta bateu. o menino de sono leve levantou. a janela vermelha aberta e asas no chão. quando se voa tanta coisa se torna dispensável. até esses sentimentos que pra algumas pessoas não passam. ele pegou o porta-retrato, tocou o rosto preso. e se deixou. por tantos dias dias, por tanto tempo. sentado no chão, na frente da janela. sem falar, sem chorar, como se no corpo o menino não vivesse mais.
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era um dia vivo. as sensações na rua eram as mais fortes. o sol batia nas folhas e tinha um verde de uma cor tão intensa que ninguém jamais vira. ele ouvia uma música ao pé do ouvido. como um sussuro, com a impregnante voz dela. ele sentia aquele cheiro doce preso nas paredes do apartamento. a vida parecia colorida agora. quando cada um podia amar a seu modo.
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via borboletas azuis, amarelas...entrando pela janela. e cada pensamento da menina voltava. lembrou dos seus sonhos. foi tocar as flores na varanda. e sentiu a pele dela em capa petala. as pessoas vão embora. mas ninguém aprende a se despedir. mas ninguém aprende a sonhar os seus próprios sonhos. são as imagens de outra pessoa que o impregnam. ele solta o rosto preso no porta-retrato num canto do sofá. e pensa. e tenta imaginar como se reaprende a sonhar.
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em algumas manhãs ela andava na areia. de vestido branco, como alguém pronta pra ser entregue. a vida numa caixa. o corpo solto. mas tudo o que quer, tudo o que sente está em uma caixa guardade num armário velho que viveu e viu mais que ela.
[24/02/2009]

passou

queria que alguém falasse por mim. que alguém chegasse sufientemente perto pra sentir até a respiração. que andasse do meu lado sem que eu percebesse. que sentisse o toque sem jamais tocar. é no sonho da vida. nos minutos antes de conseguir dormir, vendo albuns de fotos, lendo cartas, vendo cartões postais, ouvindo música... é quando percebe como quer que a vida seja.
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se quer falar comigo. se quer falar o meu nome. antes de qualquer coisa: olhe pra mim.
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agora, definitivamente passou. o que fica? uma certa repugnância, um certo pesar. e perder algumas pessoas. nenhuma coisa termina sem que se perca algo. se tenho que perder. que seja.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

mãos livres

partes de uma história inventada. que não precisa ser fiel, compreensível ou crível. são só partes. que tentam completar alguns dias. que tentam ser vividos. que tentar se fazer notar. de certa forma assim como eu. estou num lugar onde a vida parece mais bonita, num segundo andar de uma livraria, janelas e cortinas lindas, mesas e cadeiras de madeira, poucas pessoas, um fanzine nas mãos, uma coca, tudo enquanto eu espero, tudo enquanto eu sinto. umas partes de algumas pessoas me compondo. me criando. me inventando. sou a criação de alguém. talvez não seja tão original ser criação minha. rompendo com algumas idéias. me aproximando de outras. a vida tem a traiçoeira e incrível tendência a nos surpreender. com os meus pedaços refeitos e unidos. com as mãos livres. com a imagem do que foi começando a diluir. sem direções certas. a vida sendo composta no caminho, com as pessoas e oportunidades que surgem. não sou tão cheia de rabiscos e traços mal acabados. são frases completas por dia, de sensações, de momentos extremos, da minha descontinua autodefinição. os espelhos vão perdendo a referência, o reflexo sendo dispensável. porque olho pra mim, pras minhas mãos livres... e vou percebendo por partes a ilusão do corpo, da necessidade, da obsessão. e vou diluindo outra vez. entre traços, entre frases, entre olhos, entre mãos... até que só restam fagulhas de mim.

sábado, fevereiro 07, 2009

recuperada (pelo menos é como me sinto agora). livre pra vida. e feliz (por mais incrivel que pareça).

sábado, janeiro 31, 2009

pelo mundo

me dilui pelo mundo . uma parte em cada lugar que eu fui. com cada pessoa que conheci. espalhada. me mantendo assim. entre cantos. quero estar sempre perto. perceber e ser percebida. pelas pessoas, pelos lugares. e por mim. o que torna alguém especial? o que diferencia? cheia de confiança e de amor.
...entre mariposas, cigarras e borboletas...

nós


Sensacionais, uma kelly sensacional, um dudu sensacional, uma priscila sensacional, uma bárbara sensacional, juntos em um grande salão de dança aprendendo o samba da vida.Mais uma noite com paranóias e diversões. Porque só assim a gente percebe que noites podem ser especiais. A gente se ama, e não pode haver nada mais lindo que isso. Dá vontade de viver dias e noites assim. Só se deixando sentir. Só se deixando ser. Com suas diferenças, discordâncias e muita tolerância. Vontade de um continuar junto e de entender que em cada diferença existe o único, o especial. Juntos no sol, no sal, no sul. Juntos!Nem todos escrevem, nem todos fazem fotos, nem todos lêem, mas todos vivem, bem e muito.As coisas mais simples são, com certeza, as mais belas. As mais absurdamente apaixonantes. As que lembram, ficam e podem contar histórias. E assim a gente começa a contar. Entre intervalos de comentários que nos falam das coisas mais pequenas, das coisas que as vezes não vemos por completo, das coisas tão nossas que são deles, das coisas tão deles que são nossas. Minha historia, sua historia, nossa historia.Um novo ano, com os mesmos amigos, não mais nos mesmos lugares, talvez fazendo as mesmas coisas... todos juntos, mudados e juntos.


:cigarra e borboleta

www.pontoselados.blogspot.com

sexta-feira, janeiro 30, 2009

encontros

momento de encontros. curtos e fortes. dia de gritar liberdade. sentir o desejo e concretizar. sentados na areia. acende um cigarro. aproxima. os dedos se movem devagar, as mãos juntas. o cabelo novo, relativamente mais curto. vestido laranja. a areia impregnando os pés. na noite só de olhar. só de querer. deixando-se sem reticências. deixando-se em espera. já passando do fim da tarde. chegando uma noite sem lua. foi pra olhar um pouco. pra sentir bem mais. num lugar em que estamos nos deixando perceber. tocar. transpirar. lá estava à porta da escolha. a liberdade empurrando degraus abaixo. se jogo, se deixa ir. bate a cara mas não pausa reações. melhor a precipitação. melhor o excesso. melhor o desejo. deixe o mundo entrar arrombando portas e janelas. chamando o nome alto. pegando forte. no limiar do que pode ser dor. depois simplesmente se deixa. o corpo solto. rodopiando, dançando... sendo o que quer.

terça-feira, janeiro 27, 2009

apaixonar

a melhor das coisas: se apaixonar. pelos novos e surpreendentes amigos. pelos lugares. pela vida. pelas escolhas já feitas. pelas conversas. só a paixão, só o tesão faz a vida valer. me enchendo de tesão pela vida. pelas histórias. por mim mesma. se deixe apaixonar. a sensação, a lembrança fica. o tempo cura o resto. torne-se fundamental. torne-se essencial. na construção dos seus próximos dias. a felicidade é uma conquista. e eu já quase a vejo diante de mim. nas mãos de alguns amigos, pousada diante do mar, sentada na areia deixando-se ser vista. abrindo caminho. e me fazendo ir.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

em frente

somos parte da leveza do mundo. entramos no mar de mãos juntas. somos leves. somos plenos. nós somos parte. somos todo juntos. de coração em coração. de alma em alma. de verso em verso. de canção em canção. a vida diluindo e impregnando em nossos abraços.
porque nós somos. porque nós queremos. porque nós sonhamos. e tem um lado meu que simplesmente grita e vai...adiante, em frente.
é o que eu quero.
é o que eu sonho.
é o que eu faço.
e é o que vai acontecer.

quarta-feira, janeiro 21, 2009

impressões

temos algumas impressões coloridas da vida. que se encontram em ruas e lugares semi-vazios. cheia das intenções subjetivas demais. alguns encontros curtos, praticamente um esbarrão na rua... um encontro, um olhar, um abraço.. depois andando em direções opostas sem olhar pra trás. porque quando se finda o recomeço parte de um lugar, de uma pessoa diferente. desejando a pessoa mais estranha, a menos conhecida, aquele de quem ainda nem conhece a voz ou o toque. só se deixa olhar, só se deixa ser vista. entre estranhezas, sussurros, esbarrões, e um se... prolongado. na previsão de reticências quase eternas. no maior, no mais longo intervalo. quando nenhum tempo pode deixar conhecer, pode deixar entender. as situações se enchem das reticências.. o silêncio dura poucos segundos, e parte.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

entre vinis


entre nós


quinta-feira, janeiro 15, 2009

recomeço

quero que me encontre logo ali, numa rua, numa praça, num bar... que seja sem querer. que o destino exista pra nos tornar... juntos. alguns sentimentos nao cabem num corpo só. só no sentir junto, só no compartilhar que podem existir. quero que me olhe nos olhos. que entenda e que me faça entender. algumas compreensões são silenciosas. mas por agora preciso de palavras claras, de atos claros, explicitos. pelo se... pela possibilidade... que os dias sejam mais curtos, que as ligações sejam involuntárias. porque de desejos o mundo se enche. nós seremos um dia... uma parte... um todo. já nem importa o quanto se forma adiante. são uns dias, umas horas... do caos mais apaixonante. sérá que términos ou conclusões são realmente necessários? será que alguém consegue realmente entender um fim? as histórias se repetem... e um dia... sem perceber... elas simplesmente não existem mais. que se finde pra que algo possa recomeçar.

domingo, janeiro 11, 2009

mais tempo

preciso de mais tempo. de mais falta. de mais sensações explicitas, claras. porque sem compreensão não se supera. na verdade, nem sei se tenho algo a superar. as coisas acontecem, mudam, passam, voltam... só dá pra reagir à elas, sem previsões, sem tantas intenções. continuo querendo muito e todo. pelo menos um pedaço de cada dia. daqueles que ficam. que marcam. que lembram. a gente simplesmente encontra as pessoas. gosta. conversa. sente. e passa (não em todos os sentidos, claro).
sob outras formas. nenhuma história se finda por completo. elas não passam. sofrem transformações e ficam... na memória e na vida.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

entre dias

são entre essses dias. entre uma segunda e um sabado... o que se percebe está no espaço entre os nossos olhos. pequenos espaços. de querer minar qualquer distância, qualquer tempo. mas sob controle. sob a sensação de precisar se controlar. entre detalhes de pequenos amores. de grandes. de sensações. das mais simples. sensações passadas e presentes se misturam. como se sabe o que é sentir? como se conjuga um amor maior ou menor? porque ainda tem a falta. ainta tem a vontade. o desejo. o sonho. porque de sensações (pelo menos essas) eu não esqueço. tem um conflito de querer ser livre, de querer "prender", de querer muito do tempo, muito do corpo, de querer controlar os espaços e os encontros. aprendendo em primeira viagem. num começo real. nas sensações paranóicas. mas se pequenas doses de loucura libertam a vida... não quero me livrar delas.
quanto dura um linda história? aliás, o que a torna linda? será que precisa ser mais que simples? será que preciso manter minhas frases em silêncio?

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por que o amor? ah... porque ele se escreve e se canta.

domingo, janeiro 04, 2009

..

porque hoje eu tô cheia de sorrisos pra dar ao mundo.