segunda-feira, abril 06, 2009

andando pelo tempo

desde ontem quando até as rosas murcharam, deixando cair cada petala aos meus pés. chorava com elas. na noite em que até eu consegui dormir. depois de ver as estrelas sumirem. sentindo o vento, de olhos fechados, quase podendo me levar. nos meus sonhos ou instantes, nos meus segundos longos. com uma luz que não me traz nada. rasgando petalas e folhas. pela primeira vez os gritos não eram meus. alguém me viu de longe, de um telhado escuro. e não pude mais fingir. não importam os sentimentos? não importam os sonhos? ::: ...só começo... só consigo pensar nas rosas que eu não tive. em tudo, que talvez o tempo me impeça de ter. as notas inacabadas, os sonhos dispersos, vazios... quem precisa me entender? ::: me olhou por segundos. deteve os sentidos e pareceu mesmo fingir. ::: sinto muito mas só falei as coisas certas. queira que os meus dias sejam felizes. mesmo longe. não percebo ausência...nem medo nenhum. ::: eu teria esperanças. nada como sonhar. é o que nos mantêm felizes e à salvo.

{2005}

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