segunda-feira, dezembro 21, 2009

(...)

não que faça muito sentido pra mim, mas o horóscopo diz: inferno astral. será? pelo que anda não parece tanto. em alguns pontos chega a assustar. de um modo estranho. numa vida entre extremos, limites, danos. pro que eu tenho esperado, pro que eu acho, pro que parece. um jeito de apego forte e sem muito sentido. quero ficar mais tempo. sempre mais. perto. intenso. em busca. seja lá do que for. um caminho não tortuoso, não humilhante... mas no mínimo esperando sem ter. querendo, desejando. parece que perdi um pouco do que achava que tinha. que apareçam mais.


não sei o que faz alguém se apaixonar. acho estranho usar algumas palavras. amor, apaixonar, apaixonada e todas as suas ramificações. soa meio falso, meio instável demais. não falo dos outros. falo de mim. o que faz? não foi o sexo, não foi a confiança, não foi o quanto se conhece, não foi o tempo, não foi a convivência... nem tantas outras coisas, nem tantos outros quesitos que se possa considerar. em algum momento teve um olhar estranho. um jeito meu. acho que só meu. sem reciprocidade. pareceria estranho pra mim deixar ficar alguma coisa que tenha sido recíproca. enfim. teve um segundo assim. alguns. e eu olhava. parecia só querer uma pessoa. coisa estranha. mais uma. não tem uma característica que me limite. são tão diferentes. tão opostos. cada um dos que passaram. os que foram quase simultâneos na última semana. todos. não. não queria todos. não faz diferença tê-los por perto. só um. talvez o que chegou mais de surpresa. os outros foram quase previsíveis. e a previsilibilidade realmente não me instiga. não me faz desejar. nem sei se desejo. só guardo um pouco e gasto um pouco do meu tempo com uma lembrança boa, mas bem que podia ser melhor. bem que podia ter mais tempo. ter mais força. mais desejo. mais (...) claro que dá pra saber que palavra está entre parênteses. podia ter mais. se o espaço não fosse tanto. se eu não sentisse tanto que foi um momento. uns segundos. teria mais. umas visitas quem sabe. talvez. será? até semana que vem devo desejar um pouco, querer um pouco, sentir um pouco de saudade. mas passa. como têm passado.


como já passou.

2 comentários:

Anônimo disse...
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Rafael Ayala disse...

e você deixa passar assim? que se há de fazer, não é mesmo?

"previsilibilidade realmente não me instiga"
pois bem, somos dois, em vários outros aspectos do texto, como no uso das palavras amor, apaixonar e apaixonado(a), instável demais.

tem horas que tudo passa por nós, parecendo tão rápido, tem como pegar alguma coisa no fluxo do tempo? tem como congelar um momento? segundo eternos em nossas mentes?

eu queria saber, finjo que não sei, mas eu sei que não.

saudades de vocÊ
beijos e abraços!
=]