segunda-feira, agosto 16, 2010

desapego

sob certas tentativas. estabelecendo certos contatos. proximidades. sem atitudes exatas. sem certezas ou cuidados. algumas insistências deveriam ser ignoradas. algumas brincadeiras e excessos. será? tentando efetivar um certo desapego. tentando lapidar alguns sentimentos que duraram demais. apagando algumas memórias, necessidade? talvez. depois de feito um arrependimento (não tanto) nutre o corpo de idéias erradas.

sem focos estabelecidos. sem desejos concretos. quer ir vivendo da maneira que for. concretizando coisas, deixando o caminho livre para as surpresas que surgirem. é, de certa forma, um guia.. de comportamentos, de cuidados, de situações... se é necessário? nem sei se isso importa. vai tentando construir o mais lento possível. vai tentando conhecer na marra. forçando as portas dos sentidos alheios. tudo parece significar.         

"não, eu não alimentei isso". 

será que não? tenho frases marcadas, tenho conversas na memória, tenho alguns dias recentes, alguns cuidades, atitudes, preocupações... 

"mas isso não alimenta, não dá força, não apega?" 

quem sente. é quem sabe. 

"não acredito que sente tudo isso ainda.." 

pois é. a vida surpreende. tinha certo medo, de encontrar, de esquecer, de superar... 

"nem eu acredito, nem suporto, nem quero". 

se coloca diante da porta. acompanha todo o dia. fica esperando. ver indo embora. alguém deixa um liquido fresco escorrer dos olhos. não quer falar a palavra que marca tudo isso. deixou de dizer coisas. deixou de sentir coisas. durante o tempo perto esqueceu que algumas coisas devem ser deixadas, devem ser abandonadas em uma memória de simples objetos e linhas. pelo que contou do tempo, dos dias... fica uma memória breve. fica um sentimento forte. que já nem sabe o que é. 

"como não sente raiva, como não sente dor?" 

"como se esquece? como se suporta?" 

"deixando o tempo, deixando os dias, deixando o líquido cair, deixando as palavras gritarem, tentando deixar de sentir"....

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