quarta-feira, maio 12, 2010

a flor da pele

a flor da pele. além da conta. os poros se abrem. a voz sai mais alta. a respiração alterna entre uma lentidão extrema e ofegante. os sentimentos por todos se diluem e misturam e mesclam, ao ponto de já não conseguir identificar que sentimentos são e por quem. a pupila dilata no quarto a meia luz. espelhos em lugares certos. músicas boas, outras suportáveis. hoje as paredes não escutam enquanto eu falo cada vez mais alto. na iminência do grito. no sussuro de uma voz alheia à mim. já não reconheço a memória. sem lembranças de algumas noites. que não se superdimensione. que não se conheça tanto. tenho tido certo medo de conhecer, de deixar conhecer. frase, relativamente, estranha pra quem se adaptou a excluir certos filtros e deixar a vida ser contada aos quatro cantos.

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