quinta-feira, setembro 10, 2009

olhar

sempre há um olhar disposto a ser encontrado pela rua. e se procure ao redor dele, ao redor de mim. ande com firmeza e com cuidado. porque o medo certas vezes alimenta a segurança. mas o que importa mais? segurança ou vida? hoje não estou nos melhores dias. calor e barulho angustiantes. quando se der conta vai perceber que está no lugar errado. porque a porta certa é a minha... quando não precisa bater ou esperar porque não tenho sonho e as noites claras demais me lembram você.
[certas 'coisas', afinal, me parecem irrecuperáveis. fica agora pelo menos a consciência do dever de deixar as 'coisas' passarem. quando estão sozinhos, sinto os sentimentos como 'coisas' inertes, que atrapalham o caminho, que te fazem cair. não que as pessoas se tornem assim, mas até que passe prefiro ficar longe. talvez nunca passe. talvez não precise vê-los mais]
porque ficar sozinha em casa alimenta paranóias. casa de muro baixo; portas, janelas e pisos escuros. deixando a luz e a tv ligadas como companhia. o silêncio ao mesmo tempo que acalma força a solidão a se mostrar. a música ao fundo traz o diálogo necessário. partes de histórias minhas presas em faces de folhas e cadernos dispersos. se quer pôr ondem, desista. a vida só vale desordenada.
[me reservo o direito às contradições]

Um comentário:

Rafael Ayala disse...

Espero que para todos nós seja reservado o direito ÀS contradições.
Duas frases eu sempre me recordo: Não é trsite mudar de idéia, triste é não ter idéias para mudar.

E a outra: Como posso me contentar em ser um só diante dos mil que posso ser?

Eu sempre tento colocar ordem na minha vida, nunca consigo, começando a acreditar que ela só realmente vale desordenada...

bjoos!
=]