terça-feira, dezembro 29, 2009

distante

daqui desse décimo andar. em intervalos para um cigarro no fim da tarde. entre prédios, com uma visão meio distorcida da beira mar. me sinto mais parte da cidade. de um modo extremamente distanciado. como as coisas têm sido. distantes. das pessoas. dos lugares. procurando um lugar que não sei se tenho. precisando organizar. a vida. os pensamentos. as situações extremas e, de certo modo, erradas. quero fugir um pouco e não acho que devo me sentir mal por isso. são as escolhas que a gente faz sem querer. quando se perde o controle, quando se perde a capacidade de pensar antes.


sem deixar o corpo guiar talvez a consciência se mantenha no lugar. talvez não fique presa em mim um pouco de culpa. a capacidade de esquecer, de apagar. de controlar. preciso de tempo. preciso dormir. preciso conhecer mais do mundo pra fazer escolhas. se elas serão certas só posso deixar pra descobrir depois. deixei as pessoas um pouco de lado. me deixei um pouco de lado. o que têm me guiado? já não sei. já não sei se faz diferença saber. posso começar. longe. distante. com pessoas diferentes. ou talvez baste que eu mesma mude.


deixo pra descobrir ano que vem.

2 comentários:

Rafael Ayala disse...

não acredito que fugir um pouco faça mal, pelo contrário, é capaz de fazer bem caso se aproveite realmente tal fuga.

mas é a fuga do que? de quem? pra que? é mesmo preciso? sempre me pergunto isso em meus momentos de fuga...

tanta coisa eu quero aprender, tantos lugares e pessoas pra conhecer e quem sabe isso vai me ajudar a ser uma pessoa melhor, quem sabe? eu nem sei...

feliz 2010
beijos e abraços!
=]

Mel Andrade disse...

tenho de dizer que esse processo de mudança em si mesmo é complexo. ou pelo menos o sinto assim. pela 1ª vez me isolei um pouco. como se fosse o tempo necessário para algum tipo de amadurecimento. e, acredite, sinto-me mais forte. mais capaz de lidar com a impulsividade.
espero que seja um momento assim, bom, pra você também.
adorei os escritos.