as pessoas esperam demais, cobram demais, punem demais. meio afastada do mundo. reclusa no retalho de uma casa. que talvez até tenha certas histórias felizes. mas de um modo geral (infelizmente) a memória se concentra nas tragédias, nos intervalos, nessas fases confusas que levam à vida a um estado meio perdido. não me sinto bem. como se um pedaço estivesse pendendo. como se tivesse perdido as coisas importantes. o mundo e as pessoas não são simples. e eu me sinto no direito de não ser. quero um pouco das minhas próprias lembranças, dos sorrisos que já consegui ter. das sintonias. as relações se fragmentaram. e eu sou, pelo menos por hoje, toda de fragmentos. de pedaços, de resquicios. de algumas histórias que tenho assistido à distância. o caminho se abriu, em várias pequenas estradas de terra. em que grupos se transformam. uns em dupla. uns sozinhos. fico tentando enxergar a distância. fico tentando conduzir. quero ser capaz de me ver. de juntar os pedaços e levantar. esqueci como se vive por alguns segundos.
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