terça-feira, novembro 27, 2007

bom dia

a beleza do mundo tem se infiltrado. que se apaixone enfim. e deixa a janela aberta. lugares que precisam de vento. de uma brisa que só mexa no cabelo, pra me fazer sentir proximidade. eu viajaria pra longe. andando. as ruas simples. com casas coloridas. portas de madeira. alguma cadeira na calçada? quero que alguém que mande um retrato da cidade a que não pude ir. ainda. os postais não me atraem tanto. preciso que as pessoas passem por eles. preciso de sorrisos e anseios na paisagem. passos apressados e lentos que vez por outra esbarram. de sons. de desejos de 'bom dia' pra me levar pela rua afora.

segunda-feira, novembro 26, 2007

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enfim [...] por fim [...]

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encontrando os detalhes. desejando revê-los.

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quem sabe em um dos extremos do país.

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a viagem vai ser pra mais longe.

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esperanças? queria que canudos pudesse me esperar.

sábado, novembro 24, 2007

"os sertões"

foto kelly freitas

Sensações. Emoções. Força. Sentimos tudo como se estivessemos imersos na paixão que conduzia o espetáculo. De sentir os detalhes, reconhecer as pessoas, se deixar conduzir pelo fascínio. Uma construção que foi sendo consolidada a cada dia. Culminando em despedidas, falta e uma vontade absurda de seguir viagem e ver de perto os lugares de onde tanta força, tanta luta, de onde um povo tão forte emergiu. De correr pelo país e se deixar livre. Conhecer as pessoas pelas suas diferenças, seus detalhes. Enquanto eles correm, gritam, cantam. Suas cenas as vezes chocam, encantam. Meio que puxa o corpo da platéia. Querendo estar lá. Apesar do tempo. Das dores. Do cansaço. Querendo estar cada vez mais perto. Assistindo surgimentos, renascimentos, declinios. Vendo força e paixão em cada canto. Nas escadas. Nas luzes. Câmeras. Palco. Chão. Grades. Mais profundamente nos olhares.

mudanças

mesmo mês. mudanças bruscas. não sei se há algo que me faça sentir diferente. que se unam e sejam felizes. o mundo é feito de tantos. de uma diversidade imensa. é uma sensação. minha. não dá pra pedir desculpas o tempo inteiro porque não entendem. e talvez eu não queira que entendam. talvez não precise mais. talvez algumas coisas não possam ser restauradas.

sexta-feira, novembro 23, 2007

sempre detalhes

dias. pessoas. janelas. será que foram alguns deles? parece que sim. alguns que não precisam olhar de perto. alguns que somem nos segundos restantes. alguns. o mundo se enche. meio que obriga. e força o rosto, o corpo a inclinar-se. que sejam detalhes. minimos. simples. mas me dá vontade de olhar de perto. e ver cada ponto escuro, claro, branco... qualquer um. percebendo a imagem por suas partes. percebendo as pessoas. pelos atos. pelo que falam. mas como se percebe? cheios de impressões. de tantas pessoas. de tantos resquicios. [o mundo não é justo porque se quer que seja.]

terça-feira, novembro 20, 2007

sensações

certas coisas nos induzem. uma indução positiva. te dão coragem de correr gritar, cantar, dançar. te enche de uma força irreconhecivel. não de um dia pro outro. foi construindo. reconstruindo. tirando os pudores. tirando os receios. e gritando, de dentro pra fora. com os brilhos. com os olhares. talvez a estrela cadente do primeiro dia tenha aberto certos caminhos. tenha deixado a luz um pouco por perto. e que amor é possível sentir pelo mundo?!
descobri a poesia, a beleza, o fascínio, o encantamento. me enchi de novas sensações. talvez essa coragem que impulsione. e eu consiga escolher não o caminho mais fácil, óbvio. mas o que mais pode me deixar feliz!

sábado, novembro 10, 2007

sem detalhes

será que se percebe um olhar diferente? não vejo e não ouço coisas além da janela. fico num mundo próprio e só. e gosto. admirando coisas simples. nada que ultrapasse meu corpo e as minhas próprias imagens. me satisfaço. com a minha voz. como se me tirasse da vida por segundos. como se pudesse voltar a qualquer hora. não preciso de muitos detalhes. a entrega é simples. o amor é simples. só falta acontecer. espero que antes. antes que eu precise dos detalhes. olhem pro que tá perto. quando as coisas somem a gente nem percebe. e nosso mundo se fecha por medo. será que as tentativas podem me levar a algum lugar? ficaria mais tranquila por aqui. sem que ninguém precise falar ou olhar.

quarta-feira, novembro 07, 2007

amigos


alguns dias podem ser incrivelmente felizes. e são cheios de detalhes. de conversas. de danças. histórias. nossas segundas. nossas semanas. todas cheias de sincronia. amor. de uma forma estranha, pequenas perfeições. me restam quatro e que sejam pra sempre.

sábado, novembro 03, 2007

espelho

minimas. talvez a vida se refaça. e de um dia pro outro [como se uma ponte restaurasse tudo] daí eu possa acordar com sorrisos no rosto, com o corpo leve e calmo, sem contrações e medos. somente com tanta força que me empurre e me faça correr pro mais longe... pra um lugar e mundo novos. eu espero. e quanto. e com que calma. que chega a ser absurdo aceitar essa minha lentidão em tornar as coisas possíveis e certas. será que em alguma parte de mim resta uma pessoa calma, feliz, paciente e certa. daquelas que entendem os erros dos outros, que aceitam esperar, que se apaixonam, reconhecem isso. e se entregam ou lutam por qualquer dessas coisas. talvez haja alguma coisa mais forte pela próxima rua dessa vida estagnada. talvez alguma emoção, alguém que saiba olhar e reconhecer qualquer coisa de bom. não adianta o espelho não mostra isso.