segunda-feira, março 09, 2009

a flor da pele

não é de todo mal esses desejos últimos. iniciam ao começo do dia. persistem no acordar, no dormir. mantenho os olhos abertos pelo maior tempo possível. olho, toco, sinto... enquanto tento fazer sentir. e será que sente? me achava capaz de perceber esses pequenos detalhes. me achava capaz de me redefinir. agora já não me percebo tão forte, tão confiante. a leveza talvez esteja em perceber nossos pequenos medos. só percebendo se pode avançar. se as sensações instantâneas me fazem feliz, quero mais é vivê-las. que importa se as pessoas me olham? se falam? a vida tem mais é que ser sentida a flor da pele. pelos sambas da vida. pelos amores da vida. por todos eles.

[12/02/09]

a história se mantêm nas reticências. abre aspas pra fala do outro. cita a vida conjunta mesmo enquanto ela se desfaz. estou perseguindo a minha idéia de volta. não que isso seja bom. não que me faça bem. mas é em sonho.
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pode me olhar de perto ou longe. já nem sinto a brisa do vento com o rosto tão perto. nem tudo pode ser dito. então eu guardo o que é de verdade, o que passou a fazer parte só de mim. porque o "nós" diluiu. porque o "nós" anda meio perdido nessa mínima distância.
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foi em tempo de me deixar conhecer. eu fui conhecida. até não sobrar pra viver só.

[31/01/09]

falem comigo. me deixem falar. será que deveria ter medo das minhas precipitações?!
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tem uma parte paranóica. um certo trauma. normal. comum. quem (sinceramente) não mudaria uma parte ou outra? alguém sem manias, sem defeitos, sem desejos estranhos...não deve ser realmente uma pessoa. e como eu sou...então...esqueça!
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[23/10/08]

misturas. dessas incompativeis. talvez em algumas situações os opostos realmente se atraiam. ou mudamos tanto assim? já sem reconhecer ninguém nesses soltos e amplos espaçoes que frequentamos. será que são realmente amplos?
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tem uma loucura absolutamente normal em mim.
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não é de todo mal. ou talvez seja. quem pode saber? viva e descubra! quer conselho melhor?!